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Pesquisa revela que tutores não identificam sobrepeso nos cães
Hábitos e comportamentos dos tutores estão associados ao desenvolvimento da doença.
Em 22/12/2020 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Pesquisa realizada pela USP, em São Paulo, revela que os quadros de sobrepeso e obesidade canina são semelhantes aos de países da Europa.
A obesidade é um problema global de saúde pública que, na última década, têm sido crescente tanto em seres humanos quanto em animais de estimação. Em uma das maiores metrópoles do mundo, o cenário não tem sido diferente. Mais de 40% dos cães apresentam sobrepeso e obesidade no município e região metropolitana de São Paulo, segundo pesquisa inédita realizada pela Universidade de São Paulo (USP), com incentivo da ROYAL CANIN®, referência mundial em Nutrição Saúde para gatos e cães.
Conduzida pela Médica-Veterinária, Dra. Mariana Y. H. Porsani, com orientação do Professor Dr. Márcio Antônio Brunetto, a pesquisa buscou compreender os fatores da obesidade canina e levantar as melhores maneiras de abordar os tutores de cães para a prevenção da doença. E os resultados são preocupantes: 63% dos tutores entrevistados subestimaram a condição corporal de seu cão, 26% acreditavam que o animal tinha uma condição corporal ideal e 80% deles não foram capazes de identificar o sobrepeso e a obesidade em seu cão.
"A manutenção do peso em pets é uma questão muito complexa, que ainda exige compreensão e empenho dos tutores. Acreditamos que este estudo, desenvolvido pela USP, é mais um importante material de referência sobre o tema, além de ser inédito no Brasil. Incentivar iniciativas como esta faz parte do propósito da ROYAL CANIN® em fazer um mundo melhor para os pets. Queremos promover a conscientização sobre os impactos do sobrepeso e obesidade em pets ao maior número possível de pessoas", comenta Cíntia Fuscaldi, Coordenadora de Relacionamento Científico da ROYAL CANIN® Brasil.
A pesquisa, realizada com um total de 285 cães de 221 tutores, identificou que a prevalência de sobrepeso atingiu cerca de 26% e de obesidade, aproximadamente, 15% dos animais. Segundo análise realizada pelos responsáveis da pesquisa, os resultados foram semelhantes aos encontrados no Reino Unido, Japão, China e Espanha, onde as estimativas da prevalência combinada de sobrepeso e obesidade variaram de 38 a 60%.
"A obesidade canina tem sido a doença nutricional mais comum entre os animais de estimação na última década em todo o mundo. Acreditamos que, assim como os dados de São Paulo refletem os da Europa, a percepção dos tutores frente ao escore corporal de seus cães podem ser equivalentes em outras regiões do Brasil e até mesmo na América Latina. Com isso, entendemos que a conscientização é de extrema importância para a prevenção e controle deste problema", afirma a Dra.Mariana.
Fatores
Em São Paulo, além do avanço da idade e mudanças na composição corporal dos cães, o comportamento e hábitos do tutor estão associados ao aumento de peso dos pets.
De acordo com a pesquisa, os tutores com hábitos alimentares pouco saudáveis foram associados ao ganho de peso do animal, uma hipótese para isso é que esses hábitos errôneos possam ser transferidos aos seus pets.
Segundo o estudo, cães que residem na mesma casa que uma pessoa idosa também são predispostos ao ganho de peso. Isso pode ser justificado pelo fato da prática de atividade física dos cães geralmente serem associadas a caminhadas com seus tutores, o que muitas vezes pode ser difícil para uma pessoa de faixa etária avançada. Além disso, esses tutores costumam passar mais tempo com os animais, o que aumenta as chances do fornecimento de alimentos extras entre as refeições e, assim, um maior consumo calórico.
O sexo e status reprodutivo do cão também foram previamente associados ao sobrepeso do animal. Segundo análise, uma correspondência mais forte para a obesidade foi observada em animais do sexo feminino e cães castrados independente do sexo. Entretanto, a Médica-Veterinária, Dra. Mariana Y. H. Porsani, afirma que o caso é relativo. "O ganho de peso pelo animal não deve ser considerado apenas uma consequência da castração, uma vez que é possível um animal castrado se manter no escore corporal ideal se receber alimentação completa e balanceada, em quantidades controladas, associada a prática de atividade física" explica.
Controle de peso em gatos e cães
Aproximadamente 59% dos cães e 52% dos gatos apresentam sobrepeso ou obesidade, uma das doenças que mais afetam pets atualmente. Fatores como nutrição inadequada, pouca atividade física e predisposição genética contribuem para aumentar os riscos do sobrepeso e obesidade.
O excesso de peso reduz a qualidade e a expectativa de vida do animal, além de contribuir com o surgimento de doenças como diabetes, complicações ortopédicas e cardiorrespiratórias.
Considerando que a obesidade pode ser uma doença primária ou até mesmo surgir como causa secundária na vida do animal, recomenda-se um acompanhamento do Médico-Veterinário do animal.
Como controlar o peso do pet
•Consulta com o Médico-Veterinário
Levar o pet para check-ups regulares é essencial. O Médico-Veterinário poderá prevenir ou identificar o excesso de peso e indicar soluções específicas para o caso individual do pet.
• Atividade física
Exercícios físicos regulares e adequados são fundamentais para o bem-estar do pet. Os tutores de cães podem levá-los para praticar exercícios externos, como caminhadas ou corridas de curta distância. Já no caso de gatos, estimulá-los com brincadeiras que promovam a atividade do animal. Além dos benefícios físicos, isso fortalece o vínculo com o pet. Para animais com excesso de peso, a intensidade e duração da atividade física deve ser recomendada e acompanhada pelo Médico-Veterinário.
• A alimentação
Oferecer ao pet uma alimentação adequada, na quantidade certa, é extremamente importante. Isso vai garantir o balanço ideal de calorias e nutrientes para o pet - e disso a ROYAL CANIN® entende muito bem. Alguns alimentos ou petiscos extras podem colaborar no ganho de peso do pet. É necessário levar em consideração as calorias dos petiscos para oferecer ao animal uma dieta equilibrada. (Por Rafaella Silva Peçanha - Royal-Canin)