CIDADANIA
Pessoas com deficiência têm oportunidade de aprender informática
As pessoas com deficiência também podem sonhar com boas oportunidades no mercado de trabalho.
Em 06/07/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
As pessoas com deficiência também podem sonhar com boas oportunidades no mercado de trabalho e na sociedade e conquistar seu espaço. A inclusão social é um dos objetivos da Secretaria Municipal de Turismo, Trabalho e Renda (Semttre) e do Centro de Referência para a Pessoa com Deficiência (CRPD), no bairro Segurança do Lar.
O local atende esse público e seus familiares por meio de encontros, oficinas e cursos profissionalizantes. Marília Ribeiro, de 32 anos, disse que, pela primeira vez, utiliza um computador ao fazer o curso Introdução à Informática no local. Ela frequenta as aulas acompanhada da mãe, a aposentada Geanete Ribeiro, 67, que auxilia o aprendizado.
"Minha filha tem alguma dificuldade de aprendizado. Porém, é muito especial e esforçada, apesar da limitação. Aqui, com auxílio de pessoas especializadas e dedicadas, avançamos juntas, e ela se aprimora onde tem mais facilidade".
Ajuda
Daiana Monteiro, 31, também tem aprendido a usar o computador. Ela contou que já consegue entrar em sites de pesquisa e ver vídeos curiosos, e conta com a ajuda também de parentes. Daiana participa do curso com a sobrinha Giseli, de apenas 9 anos. "Eu tenho facilidade com computador, desde novinha uso e aproveito para ajudar minha tia no curso com a ajuda da professora", disse a menina.
O porteiro Elias Fernandes Barbosa, morador de Santa Helena, participa do curso e disse que, ao procurar emprego, o domínio básico de informática é um dos pré-requisitos. "Esta é uma oportunidade. Aprendo com meus colegas, que, como eu, têm dificuldade, mas sabem que, com ajuda e qualificação, podem fazer algo melhor", contou.
Aprendizado
Gláucia Siqueira Giubertti, de 68 anos, acompanha o filho, Davi Gilbertti, que é surdo. Ela disse que acaba aprendendo também novas maneiras de usar o computador. Moradores de Jardim da Penha, os dois também planejam usar o laboratório mais vezes. "É uma forma também de estarmos mais próximos aqui no CRPD".
A instrutora Cássia Cristina Amâncio comemorou o aprendizado. Ela explicou que as turmas contam também com pessoas sem deficiência, como os parentes dos usuários, o que valoriza as aulas e ajuda o trabalho. "O aprendizado é melhor, pois todos se tornam mais seguros, e a participação é ampliada".
Vontade
Instrutor de Libras, Gustavo Ferreira Guss auxilia a aprendizagem das turmas. Ele contou que o uso da técnica adequada, aliado à vontade de ensinar e de aprender dos alunos, serve diretamente para o resultado final. "Mesmo com a limitação, é visível como se recuperam da limitação e avançam no aprendizado, algo que nos motiva a continuar nessa troca usando a sensibilidade".
Direitos
Segundo o subsecretário de Apoio ao Trabalhador, Michel Rossi Moscon, o CRPD oferece cursos profissionalizantes, em parceria com a Semttre, e conta com um laboratório de informática com programas que facilitam a leitura de pessoas com deficiência visual ou motora.
"É um cidadão com os mesmos direitos de autodeterminação e usufruto das oportunidades disponíveis na sociedade. Deficiência não é sinônimo de doença e, portanto, uma pessoa não pode ter sua vida prejudicada em razão de alguma característica", avaliou o subsecretário.
Fonte:PMV