NEGÓCIOS
Petrobras assina contrato de US$ 3,5 bilhões com banco chinês
Contrato de financiamento foi firmado entre CBD e subsidiária da petroleira.
Em 02/04/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
A Petrobras informou nesta quarta-feira (1º) que assinou com o Banco de Desenvolvimento da China (CDB) contrato de financiamento de US$ 3,5 bilhões, recursos que devem trazer algum alívio para empresa, que agora tem mais dificuldades de captar recursos por conta da crise decorrente do escândalo de corrupção.
O contrato, assinado entre o CDB e a Petrobras Global Trading BV, subsidiária da estatal, é o primeiro de financiamento de um acordo de cooperação a ser implementado ao longo de 2015 e 2016, ressaltou a petroleira em comunicado.
"Adicionalmente, as duas partes confirmaram a intenção de desenvolver novas cooperações no futuro próximo", disse a Petrobras.
Segundo a Petrobras, o contrato é um importante marco para dar continuidade à parceria estratégica com a China, para quem a estatal exporta petróleo, "fortalecendo as sinergias entre as economias dos dois países".
As ações preferenciais da Petrobras fecharam em alta de 5% na Bovespa, enquanto o Ibovespa tinha alta de 2,29%. Veja cotação
Momento difícil
O acordo vem em um momento de dificuldades para a Petrobras, que não tem conseguido recorrer ao mercado por conta das denúncias de corrupção da operação Lava Jato.
No mês passado, a agência de classificação de risco Moody's rebaixou todas as notas de crédito da petroleira, que perdeu o grau de investimento – aplicações consideradas seguras para os investidores. Com a decisão, fica mais dificil para a empresa captar recursos no mercado.
Segundo a Moody's, os rebaixamentos refletem uma preocupação crescente sobre as investigações de corrupção e pressões de liquidez, que podem resultar em de atrasos na entrega de demonstrações financeiras auditadas.
Na quinta-feira, o BNDES estimou uma perda de R$ 2,6 bilhões por conta de sua participação na estatal. Desse valor, R$ 1 bilhão já foi reconhecido no balanço de 2014.
Com limites para realizar captações no mercado de dívida, a Petrobras disse anteriormente que estudava "outras possibilidades de financiamento e incremento de fluxo de caixa", até para fazer frente aos pesados investimentos projetados.
Fonte:G1.com