TEMAS GERAIS
Petrobras quer explorar energia eólica em áreas marítimas
Petrobras anunciou que protocolou pedido de licenciamento ambiental para áreas marítimas
Em 14/09/2023 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Com isso, a Petrobras passará a ser a empresa com maior potencial de geração de energia eólica offshore no Brasil.
A Petrobras anunciou nesta quarta-feira (13) que protocolou o pedido de licenciamento ambiental para dez áreas marítimas no Brasil onde devem ser instaladas estruturas de energia eólica offshore – obtida através da força do vento em alto-mar. Esse pedido foi protocolado no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Com isso, a Petrobras passará a ser a empresa com maior potencial de geração de energia eólica offshore no Brasil. Mais cedo, a empresa já havia anunciado uma parceria com a WEG para o desenvolvimento de um aerogerador de 7 megawatts de capacidade instalada.
“A Petrobras assume hoje o papel de maior desenvolvedora de projetos de energia eólica do Brasil. Energia eólica: a Petrobras chegou! E chegou chegando”, disse Jean Paul Prates, presidente da empresa, durante a WindPower, evento que foi realizado nesta quarta-feira na São Paulo Expo, na capital paulista.
Essas dez áreas marítimas, segundo Prates, teriam capacidade total de 23 GW (gigawatts) e estão localizadas na região Nordeste, Sudeste e Sul. Seriam três áreas no Rio Grande do Norte, três no Ceará, além de áreas no Maranhão, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Rio Grande do Sul.
De acordo com a Petrobras, a área escolhida no estado do Rio de Janeiro apresenta um diferencial entre as demais porque é a única posicionada em profundidade d’água maior que 100 metros, na qual não será possível utilizar fundações fixas, cravadas diretamente no solo marinho. Para esse caso, as instalações terão que ser flutuantes, tecnologia que vem sendo desenvolvida pela companhia em parceria com a Universidade de São Paulo (USP).
A empresa informou ainda que o pedido de início de licenciamento é uma sinalização de interesse da Petrobras para o desenvolvimento de projetos próprios, além de projetos em parceria, como o que está sendo desenvolvido com a Equinor.
“A Petrobras chegou na área de éolica e veio para ficar e transformar o Brasil”, disse Maurício Tolmasquim, diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras.
Regulamentação
A solicitação junto ao Ibama não vai garantir o direito sobre as áreas, explicou o presidente da empresa. “No mar, havia um problema e é por isso que não começamos ainda a trabalhar nele. Ninguém pode chegar lá no meio do mar, meter um aerogerador e sair produzindo energia. O mar não é privado”.
É por isso que tramita atualmente no Congresso Nacional uma discussão sobre a regulação deste mercado. A Petrobras só conseguirá ter direito a essas áreas solicitadas após essa regulamentação.
“A lei prevê dois tipos de outorga: autorização ou concessão. E aí o Estado brasileiro deve decidir se vai usar concessões ou autorizações. Eu espero que até o final deste ano, nós tenhamos essa aprovação”, disse o presidente da Petrobras. (Por Elaine Patrícia Cruz/Agência Brasil)
Leia também:
> Um terço da população mundial continua sem acesso à Internet
> Defesa Civil do RS pede kits de limpeza como prioridade
> Terremoto de magnitude 6,8 deixa 820 mortos no Marrocos
> Petrobras faz primeira compra de créditos de carbono
> Número de mortos por ciclone no Sul do Brasil sobe para 42
> Desfile cívico-militar reúne cerca de dez mil pessoas em Vitória
> Feriado aumenta movimento em rodovias e aeroportos
> Pandemia eleva consumo de ultraprocessados no Brasil
> Cesan lança Unidades Móveis para Atendimento ao Cliente
> Lei institui empreendedorismo para jovens no campo
> Abin monitora ameaças ao desfile de 7 de Setembro
TAGS: PETROBRAS | ÁREAS MARÍTIMAS | ENERGIA | EÓLICA | LICENCIAMENTO