No ponto de lançamento da galeria na maré será construída uma das duas estações de bombeamento previstas para a Grande Santo Antônio.

Os moradores do bairro Mário Cypreste terão em breve uma galeria e estação de bombeamento funcionando, para minimizar o risco de alagamentos no bairro. Obras, em estágio adiantado, estão em andamento na rua Antônio Pinto de Aguiar, com a instalação das células de concreto que compõem a galeria de macrodrenagem.

No ponto de lançamento da galeria na maré será construída uma das duas estações de bombeamento previstas para a Grande Santo Antônio. Essa é somente a primeira frente de trabalho no contrato de implantação de 4 quilômetros de galerias, duas estações de bombeamento e dois reservatórios de contenção de águas das chuvas, no sistema de macrodrenagem da Grande Santo Antônio.

As obras beneficiam 18 bacias de drenagem que atendem os bairros: Mário Cypreste, Santo Antonio, Inhanguetá, Estrelinha, Grande Vitória e Universitário, com investimento de R$ 139,6 milhões.

Sem alagamentos

Morador do bairro há 72 anos, Evilson Vieira Matos disse que o local alaga com chuvas e até com a maré alta. "Com essa obra estará resolvido nosso problema. Aqui é sofrimento para todos os moradores das redondezas, não só quando chove. As marés de março alagam todas as casas", disse.

O prefeito Lorenzo Pazolini visitou as obras na manhã desta sexta-feira (14). "Estamos trabalhando para minimizar os alagamentos em toda Grande Santo Antônio. São quase R$ 140 milhões investidos com recursos próprios para dar dignidade aos moradores desta região da cidade", disse o prefeito.

O empreendimento faz parte do Plano Vitória, com investimentos de R$ 1 bilhão, até 2024, anunciado pela atual gestão em setembro. O Plano Vitória é fruto do ajuste fiscal e financeiro realizado pela atual gestão e prevê ações em educação, saúde, infraestrutura, mobilidade, urbanização, habitação, equipamentos esportivos e culturais e tecnologia.

As dezoito bacias de drenagem que serão beneficiadas com obras têm origem em ocupações irregulares sobre manguezais aterrados a partir do final da década dos anos 80, até o inicio dos anos 2000. Assim, sofrem grande influência da maré, apresentando alagamentos mesmo em período de estiagem, aumentando o risco de alagamentos durante chuvas fortes.

Todas as galerias celulares instaladas serão em concreto armado com visitas em ferro fundido no diâmetro de 600mm e visitas em concreto armado em toda largura da galeria. Com essas ampliações, a rede de drenagem passa a atender a vazão de projeto para período de retorno de chuvas de 25 anos. Isso significa que há possibilidade de alagamento somente uma vez a cada 25 anos.

Os recorrentes alagamentos afetam a saúde e o bem-estar da população, a mobilidade e provocam a destruição de propriedades e benfeitorias. Os sistemas de drenagem existentes estão subdimensionados e não atendem aos novos conceitos do manejo das águas urbanas, como o controle das águas na fonte.

As intervenções visam agregar os seguintes benefícios à região:

• Proteger as vias públicas e a comunidade em geral de alagamentos decorrentes das precipitações pluviométricas e doa aumentos das marés;

• Possibilitar a mobilidade urbana mesmo em dias de precipitações pluviométricas mais elevadas;

• Integrar soluções de drenagem com a paisagem e utilitários urbanos;

• Promover saúde e bem-estar social.

Histórico

Em 2007, a Prefeitura de Vitória elaborou o Plano Diretor de Drenagem Urbana (PDDU) do município, que dividiu a cidade em 98 bacias de drenagem e diagnosticou a necessidade obras em 29 delas. Obras foram realizadas em quatro das 29 bacias. Agora as obras estão acontecendo nas bacias de drenagem, que compreendem os bairros: Mário Cyprestes, Santo Antonio, Inhanguetá, Estrelinha, Grande Vitória e Universitário. (Secom/PMV)

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