Poços são abertos para amenizar falta de água em Itaguaçu, ES.

A população de Itaguaçu, no Noroeste do Espírito Santo, passa por um racionamento de água desde janeiro de 2015. Para amenizar a situação, poços artesianos foram abertos no município. O prefeito pede para que moradores economizem e não reservem água em caca.

O Rio Joana, que abastece o município, está com o nível de água abaixo do normal. “É triste. A gente vê os peixes morrendo, a gente fica com muita dó”, disse a comerciante Tânia Maria Andrioli.

“A seca, ela sempre existiu. Hoje o que eu vejo muito é a tirada de água, as bombas, direto, muita água que sai do rio, aí não aguenta essa situação”, opinou o aposentado Osmar das Graças.

Poços
Foram abertos quatro poços artesianos que levam água diretamente para o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae). "A gente fez esses poços para ter um pouco de água para tratar para a população, senão nem água teria para tratar”, disse o diretor do Saae do município, João Carlos Tietz.

Desde janeiro de 2015, um decreto determinou que a água só poderia chegar às casas à noite. Sem chuva, a situação se agravou e a água demora ainda mais para chegar em casa.

“Era para a gente tratar 23 L/s, hoje a gente está tratando 16 L/s. Quer dizer, a gente não consegue atender à demanda com esse tanto de água que a gente está tratando. Por isso a água demora a chegar no bairro. Porque a água passa por toda a cidade para depois chegar nos bairros”, explicou o diretor do Saae.

O município também decretou situação de emergência. “Hoje nós estamos sobrevivendo com extrema dificuldade para levar água às pessoas. Essa água é cara, mas levada com muita dificuldade até a ponta da rede. Nós estamos fazendo um apelo para que as pessoas economizem água”, declarou o prefeito de Itaguaçu, Daly Datman.

O prefeito pede, ainda, para que as pessoas não reservem água em casa, para que outros moradores também possam ser abastecidos.

Moradores
Um poço artesiano foi feito no bairro Nova Itaguaçu como opção para abastecimento das casas. O comerciante Renan Pereira carrega um galão de 20 litros nas costas até a sua casa. A água que ele leva serve para beber e para atividades domésticas, como lavar a louça e cozinhar.

“Tem quatro dias que não vai água na minha casa. Pedir a Deus chuva, porque não está fácil, está difícil”, disse.

A  aposentada Santa do Carmo abriu  um poço artesiano dentro de casa. “Falta de água direto. Muito difícil. A gente fez o teste e deu água, então a gente furou e está se servido com essa água. E vai servir o pessoal que precisa, não é só para gente”, disse.

Fonte: G1-ES