CIÊNCIA & TECNOLOGIA
Pokémon Go começa a ter queda de jogadores e de popularidade nos EUA.
Game para smartphones atingiu ápice uma semana após lançamento.
Em 02/08/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Lançado no começo de julho, “Pokémon Go” se tornou rapidamente em um dos games para smartphones mais populares de todos os tempos. Além de ultrapassar aplicativos como Tinder e Twitter no tempo gasto por seus usuários, o jogo foi responsável por uma valorização gigantesca nas ações da Nintendo, uma de suas desenvolvedoras. No entanto, após semanas de amor com seus jogadores, o app parece ter atingido seu ápice -- e já começou a perder público nos Estados Unidos.
As evidências são inúmeras. A mais recente delas é a avaliação da última atualização disponível na App Store. Lançada nesta segunda-feira (1º), a versão classificada mais de 10 mil vezes até o momento atingiu uma média de 1,5 estrela de 5 totais.
Considerando que o aplicativo tem no total 154 mil avaliações desde o lançamento no dia 5 de julho, que resultaram e uma uma média de 3 estrelas, é provável que se trate de uma campanha de alguns jogadores decididos a protestar na loja da Apple após problemas recentes do game, como reportou o site “Kotaku”.
Pico
Ao contrário de outros games gratuitos para smartphones populares, como “Candy crush”, o interesse nunca aconteceu de maneira tão instantânea quanto com “Pokémon Go”. Enquanto os rivais conheceram seus picos depois de meses, o jogo da Niantec chegou ao topo cerca de uma semana após a estreia.
A busca pelo termo “Pokémon Go” chegou a seu ápice no último dia 11 de julho, por exemplo, mas sofreu uma queda de quase 70% até o dia 28.
Já o máximo em seu número de usuários aconteceu no dia 14. De acordo com estimativas publicadas pela empresa de pesquisas Survey Monkey, o game tinha 25 milhões de jogadores diários, que em menos de uma semana caíram para cerca de 22 milhões.
Além disso, menos pessoas têm gastado dinheiro com o jogo. Segundo a empresa de análise de mercado Slice Intelligence, a parcela de compradores de itens dentro da plataforma caiu cerca de 32% desde o dia 15, quando chegou a seu pico.
Normal, mas nem tanto
Essa queda segue a tendência observada em outros jogos do gênero, e nem deve preocupar tanto a desenvolvedora. Afinal, ainda estamos falando do game móvel mais rentável da história, que chegou a ganhar mais do que todos os concorrentes juntos -- e 22 milhões não é um número a se desconsiderar.
Mas a perda de interesse também não pode ser ignorado. Muitos jogadores têm reclamado com razão da falta de comunicação da Niantec, que até agora não anunciou data de lançamentos para nenhum país (inclusive do Brasil, ao contrário do que muitos rumores dizem por aí), nem deu grandes sinais de ouvir as críticas.
E a atualização do último domingo (31), a maior delas até o momento, resolveu uma dos grandes reclamações do público ao remover um de seus principais atributos.
Há semanas, o medidor de distâncias que indicava se os monstrinhos estavam perto havia travado. Ao invés de consertar o problema, não é mais possível saber se os pokémons estão próximos ou se estão mais longe, apenas quais estão na região.
Temos que pegar?
O sucesso estrondoso de “Pokémon Go” foi surpresa para todo mundo, especialmente para sua desenvolvedora. Tanto que a empresa sofreu com diversos problemas de instabilidade de seus servidores nas primeiras semanas, despreparados para um fluxo tão grande usuários -- um dos motivos pela demora para o lançamento em mais países.
Sendo assim, é compreensível que a Niantec esteja correndo para se recuperar e, seja inexperiente no tratamento com o público, sofra em atender suas expectativas. Mesmo assim, com um produto que ainda fica bem aquém do prometido no trailer, a desenvolvedora precisa correr para responder o mais rápido possível às críticas.
Enquanto isso, na página do game no Facebook, onde a empresa anuncia as principais novidades, os comentários de brasileiros desesperados pelo lançamento se tornam cada vez maiores. E, aos poucos, é possível observar a transformação da ansiedade em rancor.
Fonte: g1-SP