POLICIA

Polícia investiga se embaixador morto no RJ já estava separado da mulher.

Informação foi dada à polícia pela defesa da embaixatriz, suspeita de ser a mandante do crime.

Em 03/01/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

A polícia tenta confirmar a informação de que o embaixador Kyriakos Amiridis, de 59 anos já estava separado da mulher Françoise Souza Oliveira, de 40 anos, e que dormia com frequência em um motel em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Conforme informou o RJTV nesta terça-feira (3), a informação foi passada aos investigadores pela defesa da embaixatriz, presa suspeita de ser a mandante do crime.

Policiais gregos auxiliam os agentes da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) nas investigações acerca do crime. Amostras de materiais genéticos de parentes do embaixador serão colhidas para tentar identificar se o corpo encontrado carbonizado dentro de um carro em Nova Iguaçu. A identificação não foi possível pela arcada dentária do cadáver.

Na tarde desta segunda-feira (2), foram ouvidas na DHBF a mãe e a irmã da embaixatriz Françoise Oliveira. Ela nega ter envolvimento no crime e acusa o policial militar Sérgio Gomes, de 29 anos, supostamente amante dela, de ter assassinado Amiridis.

Imagens de câmeras de vigilância registraram o PM Sérgio Gomes e o primo dele, Eduardo Tedeschi de Melo, de 24 anos. Segundo a polícia, o militar tentou apagar imagens de câmeras de segurança do circuito interno do condomínio onde o diplomata foi morto, em Nova Iguaçu.

A informação consta na decisão da Justiça do Rio, que determinou a prisão do PM, do primo dele e da embaixatriz. Todos os três foram ao sistema prisional ficarão presos por pelo menos 30 dias. Também na decisão, o juiz Felipe Carvalho da Silva ressaltou que nos depoimentos os três apresentaram diversas contradições.

Amiridis tinha uma filha de dez anos com Françoise, com quem era casado havia 15. As investigações apontam que ele foi morto dentro de casa, na noite de segunda-feira (26). Ele pode ter sido morto com uma arma que mantinha na casa onde o casal estava hospedado. No local, os agentes encontraram um sofá com manchas de sangue. Após o assassinato, Sérgio e o primo teriam retirado o corpo do imóvel, que foi limpo na tentativa de apagar os vestígios do crime.

Em depoimento, o primo do policial confessou o crime e afirmou que Françoise ofereceu R$ 80 mil para que ele colaborasse na trama.

Por G1, Rio de Janeiro