CIDADE
População pode escolher nome do Hospital Materno Infantil
O Hospital Materno Infantil está em fase final de construção em Colina de Laranjeiras.
Em 05/05/2020 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Mais uma novidade por aí! Com o objetivo de dar nome à maior obra pública municipal em andamento no Espírito Santo, a Prefeitura de Serra lançou, nesta terça-feira (5), a enquete para que a população escolha o nome oficial do Hospital Materno Infantil, em fase final de construção no bairro Colina de Laranjeiras.
A enquete é de caráter exclusivamente social, sem qualquer modalidade de sorteio ou pagamento, aberta a toda a população, e será realizada no período de um mês, por meio do site oficial da Prefeitura da Serra. São quatro nomes de profissionais que fizeram história no Espírito Santo, no município de Serra e no Brasil, escolhidos a partir de uma relação de vinte sugestões analisadas por uma Comissão de Avaliação Técnica da Prefeitura de Serra, envolvendo cinco secretarias municipais.
A enquete é exclusivamente online, basta acessar o link: http://enquetehmi.serra.es.gov.br.
Para votar, é necessário informar o número do CPF e escolher o nome desejado. Cada CPF poderá votar uma vez ao dia.
A enquete é promovida através de um programa seguro, não suscetível a fraudes ou manipulações, largamente utilizado, e tem a finalidade de definir o nome do Hospital Materno Infantil. O nome escolhido será aquele que obtiver o maior número de votos.
A enquete se encerra às 23h30 do dia 5 de junho, e o resultado será divulgado no site da Prefeitura de Serra, às 12 horas do dia 8 de junho.
Perto de ser inaugurado, o Hospital Materno Infantil é uma das principais obras do Estado.
“Essa obra vai beneficiar não só a Serra, mas todo o Espírito Santo. As mães e as crianças vão contar com um espaço adequado e moderno e com todos os serviços de saúde necessários para essa fase da vida”, disse o prefeito da Serra, Audifax Barcelos.
Sobre o Hospital Materno Infantil
O local tem previsão de atender 8.700 gestantes por ano e realizar 725 partos por mês. Serão 135 leitos: 60 maternos, 60 infantis e 15 semi-intensivos.
Dentre os 15, serão 10 UCINCo (convencional) para atendimento a recém-nascidos considerados de médio risco e que demandam assistência contínua. E serão cinco UCINCa (canguru), modelo de assistência no qual o recém-nascido permanece o tempo todo em contato, pele a pele, com a mãe ou o pai.
A maternidade funcionará de porta aberta e receberá casos de risco habitual, ou seja, partos de baixa complexidade. As mamães serão acolhidas e classificadas, conforme suas necessidades. Já o setor infantil realizará internações e cirurgias de baixa complexidade, com vagas que serão reguladas pela Prefeitura de Serra para destinação aos moradores.
A Política do Parto Humanizado está garantida com, por exemplo, a inserção do acompanhante no processo de atendimento ao bebê e à gestante. Haverá, ainda, leitos PPP: Pré-parto, Parto e Pós-parto, ou seja, a gestante permanece no mesmo local até sua alta.
A área do Hospital Materno Infantil é equivalente ao tamanho de dois campos e meio de futebol. A estrutura é composta por três pavimentos distribuídos em assistência materno-infantil e serviços de apoio diagnóstico e terapêutico.
Foto: Arte Secom PMS
Conheça os indicados
> Arnaldo Ferreira, o 'pai' da obstetrícia no ES
Arnaldo Ferreira é reconhecido por já ter feito mais de 30 mil partos durante toda a carreira. Segundo o Conselho Regional de Medicina do Espírito Santo (CRM-ES), o médico foi o responsável por introduzir a neonatalogia como forma de assistência à criança desde o nascimento, e criou uma das melhores equipes de obstetrícia do Espírito Santo. O profissional foi também responsável por montar uma moderna casa de saúde em Vitória, na década de 70, que se tornou um centro de referência em obstetrícia, à época. O local possuía UTI infantil, anestesia e obstetra de plantão. A mulher que chegasse grávida tinha atendimento imediato. Arnaldo também foi professor, por muitos anos, da Universidade Federal do Espírito Santo. O médico faleceu no dia 19 de março de 2020, aos 88 anos.
> Jolindo Martins, o ‘pai’ da pediatria capixaba e um dos primeiros pediatras do Espírito Santo
Formado em pediatria em 1936, Jolindo teve uma vida inteira dedicada a cuidar das crianças. Ele criou o setor de doenças infecciosas, no Hospital Infantil de Vitória, que hoje leva o seu nome. Também pelas mãos dele, foi criado o primeiro banco de leite humano do Estado. Na década de 1950, publicou diversas crônicas popularizando conhecimentos básicos sobre cuidados com a criança em linguagem simples. Esses textos foram agrupados no livro intitulado " Se a criança voltasse", publicado em 1956. Jolindo foi o primeiro professor de pediatria da Ufes, além de ter sido chefe da cadeira de pediatria. Lecionou na universidade de 1964 a 1973. Faleceu no dia 2 de maio de 1999, aos 84 anos.
> Maria da Glória Merçon Vieira Cardoso, a primeira pediatra formada no Espírito Santo
Maria da Glória se formou em 1961, na primeira turma de medicina da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), na qual havia apenas quatro mulheres, incluindo ela. Ao se especializar em pediatria, Maria tornou-se a primeira mulher do Espírito Santo a atuar na área. Foram 40 anos como pediatra, dedicando a vida a cuidar de crianças e adolescentes do Estado. Também foi professora, por 30 anos, da matéria de pediatria na Ufes. Maria da Glória fez parte de um grupo pequeno que abriu as portas para as mulheres na profissão. Para o marido da médica, Reginaldo Cardoso, Maria da Glória foi pioneira na luta das mulheres para entrar no mercado de trabalho. Maria da Glória faleceu em 27 de maio de 2007.
> Zilda Arns Neumann, a fundadora da Pastoral da Criança e da Pessoa Idosa
Dra. Zilda Arns Neumann foi uma médica pediatra e sanitarista brasileira. Viveu para defender e promover as crianças, gestantes e idosos, e construir uma sociedade mais justa, fraterna, com menos doenças e sofrimento humano. Deixou sua marca na história do Brasil ao fundar e coordenar as Pastorais da Criança e da Pessoa Idosa. Em seu trabalho, sempre aliou o conhecimento científico à cultura popular; valorizou o papel da mulher na transformação social; mobilizou pobres, ricos, analfabetos e doutores, na busca da vida plena para todos. Morreu no dia 12 de janeiro de 2010 no terremoto que devastou o Haiti. Neste mesmo dia, havia discursado sobre como salvar vidas com medidas simples, educativas e preventivas. Zilda foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz no ano de 2011. (Com informações da Prefeitura de Serra)