AGRICULTURA
Preço do arábica deve cair em 2023 com aumento de safra
A safra do Brasil em 2023/24 foi projetada para subir para 67,1 milhões de sacas de 60 kg.
Em 06/02/2023 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Os preços devem encerrar 2023 em US$ 1,48 por libra, queda de 12% abaixo dos níveis vistos no final de 2022.
Os preços do café arábica devem ter uma queda anual de 12% em 2023, com uma grande safra no principal produtor, o Brasil, o que deve levar a um excedente global de grãos na temporada 2023/24, apontou uma pesquisa da Reuters com 10 traders e analistas nesta segunda-feira (6).
Os preços devem encerrar 2023 em US$ 1,48 por libra, queda de 15% em relação ao fechamento de sexta-feira (3) e 12% abaixo dos níveis vistos no final de 2022, de acordo com a previsão mediana da pesquisa.
Os preços do café robusta devem fechar 2023 em US$ 1,9 mil por tonelada, 6% abaixo do fechamento de sexta-feira (3), mas 6% acima dos níveis do final de 2022.
Os participantes da pesquisa disseram que o tamanho da produção brasileira de 2023/34 desempenharia um papel fundamental na determinação dos preços, com alguma incerteza sobre se a grande safra inicialmente esperada será realmente colhida.
A safra de café do Brasil em 2023/24 foi projetada para subir para 67,1 milhões de sacas de 60 kg, ante uma estimativa média de 61,5 milhões de sacas para a safra de 2022/23.
A previsão mediana ficou, no entanto, abaixo do consenso de 71 milhões de sacas em uma pesquisa da Reuters divulgada em julho de 2022, com a safra não se desenvolvendo tão bem quanto o esperado, possivelmente porque as árvores não estavam saudáveis o suficiente após um inverno muito seco no Brasil.
A pesquisa apontou também que o Vietnã, maior produtor de robusta, terá uma safra de 31 milhões de sacas em 2023/24, ante 30 milhões em 2022/23.
As safras maiores no Brasil e no Vietnã levariam a um superávit global de 3,35 milhões de sacas em 2023/24, em comparação com um déficit de 4,15 milhões em 2022/23, de acordo com as previsões medianas da pesquisa.
Os participantes da pesquisa também citaram o potencial de redução da demanda – devido aos altos preços de varejo e uma desaceleração econômica global – como um fator na perspectiva baixista para os preços. (Por Reuters, em Forbes)
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