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Prefeito de Guarapari, ES, diz que não proibiu "farofa na praia"

Ele havia dito que queria que turistas gastassem R$ 200 por dia.

Em 31/12/2014 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

O prefeito de Guarapari, Orly Gomes, divulgou, nesta terça-feira (30), uma nota de esclarecimento sobre a declaração feita durante entrevista concedida à rádio CBN Vitória há uma semana. Na ocasião, ele disse que “seria melhor ter 100 mil turistas com melhor poder aquisitivo, [...] que gastassem R$ 200 por dia”. A declaração repercutiu negativamente entre os visitantes do município e inspirou  até “meme” na internet, onde internautas brincaram chamando cidade de “GuaraParis”. Na nota divulgada pelo prefeito, ele negou que queira intervir no direito de ir e vir das pessoas, e que tenha proibido a “farofa na praia”.

Durante a entrevista, veiculada no dia 16 deste mês, Orly disse que a cidade precisa de pessoas que cheguem com “dinheiro para gastar, e assim, justificar os investimentos na cidade”. Ele também alfinetou os visitantes que vão para a cidade levando praticamente todos os mantimentos a serem utilizados durante a estadia. “Os turistas de veraneio vêm com tudo no carro ou no ônibus, trazem botijão de gás e até macarrão", afirmou o prefeito, em entrevista à rádio.

Na ocasião, ele também anunciou que novas medidas seriam adotadas no município, como a cobrança de taxa para ônibus de turismo, limitação de pessoas em casas de veraneio, bem como cobrança de impostos. As medidas ainda não valem para o verão de 2015. Na nota, o prefeito manteve essa informação, e acrescentou que as casas alugadas para turistas deverão passar por vistorias especiais, para que possam receber alvará de funcionamento, autorização do Corpo de Bombeiros e limitação máxima permitida por imóvel.

Na nota divulgada nesta tarde, Orly se defendeu, dizendo que em nenhum momento quis “intervir no direito de ir e vir das pessoas, principalmente, em se tratando de turistas que colaboram pelo desenvolvimento da cidade”.

Ainda de acordo com o documento, o prefeito negou que tenha restringido algum tipo de comportamento dos visitantes. “Tão pouco, falei sobre não ser permitida a ‘farofa na praia’, uma vez que a praia é pública e [...] todos os cidadãos são livres para ir e vir, desde que respeitando as leis de convivência  e de uso dos equipamentos públicos”.

Sobre a fala mais polêmica, de que queria turistas que gastassem pelo menos R$ 200 por dia,  Orly afirmou que em momento algum estipulou uma quantia para o tíquete médio gasto por dia no município. “O que eu, na qualidade de prefeito, afirmei, é que a nossa meta é aumentar o tíquete médio, uma vez que foram feitos vários investimentos visando a melhoria do município. O município precisa de melhorias, as melhorias são feitas e, com isso, o município pode receber melhor o turista”, disse, citando os investimentos feitos na revitalização da Praia do Morro, e o aumento de guarda-vidas, médicos e operários de limpeza.

Segundo ele, as medidas visam a segurança e o bem-estar dos turistas e moradores. “Estamos sempre prontos para receber bem cada turista que frequente nossa cidade, independente da classe social”, finalizou.

Fonte: G1-Espírito Santo