ECONOMIA INTERNACIONAL
Preocupação com a China volta derrubar as bolsas mundiais.
Em São Paulo, o índice Ibovespa fechou com queda de 2,46%.
Em 01/09/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
As bolsas europeias fecharam nesta terça-feira (1) com fortes quedas, superiores a 3% em Londres, provocadas pela divulgação de um índice que reativou a preocupação pelo dinamismo da economia chinesa.
O índice FTSE-100 da praça londrina caiu 3,03%, enquanto o Dax de Frankfurt recuou 2,38% e o CAC 40 de Paris, 2,40%. O Ibex 35 caiu 2,59% e o FTSE MIB de Milão recuou 2,24%.
A publicação do índice PMI, que revelou o pior nível da atividade industrial na segunda economia mundial desde agosto de 2012, influenciou os mercados da Ásia, com retrocessos em Tóquio (-3,84%), Hong Kong (-2,24%) e Xangai (-1,23%).
O impacto chegou a Wall Street, onde pouco depois da abertura o Dow Jones teve queda 2,12% e o Nasdaq de 1,81%. No fechamento, Wall Street caiu quase 3%: o índice Dow Jones Industrial retrocedeu 468,68 pontos, a 16.058,35 unidades, enquanto o Nasdaq sofreu queda de 140,40 pontos, fechando a 4.636,11 unidades. O índice ampliado S&P 500 caiu 2,96%, 58,33 pontos, a 1.913,85 unidades
Em São Paulo, o índice Ibovespa fechou com queda de 2,46%.
"Não podemos mais que constatar a escassa resistência dos mercados em relação aos temores relacionados com a China", opinou Mikaël Jacoby, da Oddo Securities.
O PMI dos diretores de compras para a China ficou em 49,7 em agosto, contra 50 em julho, segundo o Instituto Nacional de Estatísticas (ONE) da segunda economia mundial.
As bolsas chinesas caíram cerca de 40% desde o dia 12 de junho -quando atingiram seus mais altos patamares-, devido aos receios sobre o vigor da segunda maior economia do mundo.
As autoridades do país comunista tomaram diversas medidas para frear a crise, com cinco cortes das taxas de juros desde novembro. Também pediram às empresas que operam na bolsa de valores que acelerem seus processos de fusão e a se reestruturarem, para acertar suas contas.
A diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, afirmou nesta terça-feira em Jacarta que os países emergentes deverão aumentar as precauções para evitar um impacto maior da desaceleração da China.
A redução no ritmo da economia chinesa tem afetado o crescimento global e impactado na atividade e nas moedas de países emergentes, como Indonésia e Brasil. A esses problemas somaram-se a recente crise dos mercados financeiros chineses e a desvalorização do iuane.
"Outras economias emergentes, incluindo a da Indonésia, tem que manter sua vigilância para evitar possíveis efeitos indesejáveis da desaceleração chinesa e reforçar suas situações financeiras", ressaltou a diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI).
A volatilidade na China e demais países emergentes levou diversos investidores a ativos considerados seguros, como o iene e o ouro.
O mercado do petróleo fechou em queda nesta terça-feira, por causa dos dados chineses e das realizações de lucros depois de uma valorização de 27% no preço do barril nas últimas sessões.
O barril de "light sweet crude" (WTI) para entrega em outubro caiu 3,79 dólares, fechando a 45,41 dólares.
AFP