ECONOMIA INTERNACIONAL

Presidente da Argentina pede que população consuma menos energia.

A Justiça suspendeu um aumento expressivo nas tarifas de serviços públicos.

Em 10/07/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Buenos Aires - O presidente da Argentina, Mauricio Macri, pediu neste sábado (9) para a população reduzir o consumo de energia depois que a Justiça suspendeu um aumento expressivo nas tarifas de serviços públicos e no momento em que as importações de gás e petróleo impactam severamente na balança comercial do país.

Durante evento de celebração do bicentenário da nação, o presidente reafirmou seu compromisso com um maior diálogo político e na tentativa de redobrar os esforços para reduzir a inflação diante de uma economia em recessão e com forte desemprego.

"Temos que aprender a consumir menos energia possível", disse Macri em um discurso público na província de Tucuman, no norte do país e berço da independência argentina.

A Justiça da Argentina negou na quinta-feira o reajuste nas tarifas de gás impostas pelo governo para reduzir o déficit fiscal.

Os aumentos, que em alguns casos ultrapassavam 1.000 por cento, também afetavam os serviços de água e eletricidade, isso porque as taxas permaneceram praticamente intactas durante mais de uma década sob os governos de Nestor Kirchner e Cristina Fernandez.

As manifestações contra as novas tarifas se multiplicaram por toda a Argentina.

"Sete meses (de gestão, não) é nada em 200 anos" de história da Argentina, disse Macri, que assumiu o cargo em dezembro, em discurso cercado por governadores provinciais, membros de seu gabinete e visitantes estrangeiros.

"Todas as transições são difíceis. Encontramos um país fortemente castigado por mentiras e pela corrupção (...) Algumas decisões (tomadas) me machucaram e seguem me machucando, mas se houvesse outra alternativa teria tomado, e ela não existia", justificou o presidente.

Macri voltou nas últimas horas ao país depois de uma passagem por Europa e Estados Unidos em busca de investimentos que ajudem a impulsionar o consumo e incentivem novos postos de trabalho.

Reuters