POLÍTICA NACIONAL

Presidente vai discutir preço de combustíveis na volta ao Brasil

O Bolsonaro disse que não tem interesse nos dividendos recebidos pelo lucros da Petrobras.

Em 01/11/2021 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Foto: © Fernando Frazão/Agência Brasil

O presidente disse que está disposto a rediscutir a política de preços da companhia, mas sem interferir nos “rendimentos dos acionistas”.

Em visita à cidade de Anguillara Veneta, na Itália, nesta segunda-feira (1), o presidente Jair Bolsonaro disse à imprensa que soube “extraoficialmente” que um novo aumento dos combustíveis está sendo planejado pela Petrobras para daqui a 20 dias. Segundo ele, o assunto será prioridade em seu retorno ao Brasil nesta terça-feira (2).

“Esta semana vai ser um jogo pesado com a Petrobras, porque eu indico o presidente, quer dizer, tem que passar pelo conselho, não sou eu que indico, e tudo que de ruim acontece lá cai no meu colo. O que é bom não cai nada em meu colo”. 

O ideal, na visão do presidente, é tirar a estatal “das garras do Estado”, com a privatização da empresa.

“Isso é o ideal, no meu entender, que deve acontecer. Agora, isso aí não é colocar na prateleira e vender amanhã. Esse processo vai durar mais de ano”, admitiu.

Ainda na avaliação de Bolsonaro, um novo reajuste não pode acontecer.

“A gente não aguenta porque o preço dos combustíveis está atrelado à inflação e falou em inflação, falou em perda do poder aquisitivo. A população não está com salário preservado ao longo dos últimos anos. Os mais pobres sofrem”, disse. 

O presidente disse que está disposto a rediscutir a política de preços da companhia, mas sem interferir nos “rendimentos dos acionistas”.

O presidente Bolsonaro acrescentou que o governo federal não tem interesse nos dividendos recebidos pelo lucros da Petrobras. Nesse sentido, disse que tem conversado com o ministro da Economia, Paulo Guedes, para que esses recursos sejam revertidos para abater o preço do diesel.

O presidente atribuiu a alta nos preços dos combustíveis à corrupção de governos passados e às leis antigas. Bolsonaro defendeu o congelamento dos impostos e apontou como “vilão” do custo final na bomba o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). 

Na semana passada, o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), do qual integram secretários de Fazenda dos estados e do Distrito Federal, aprovou o congelamento do valor do ICMS cobrado nas vendas de combustíveis por 90 dias. (Por Karine Melo/Agência Brasil)

Leia também:

Oposição vai à COP26 contrapor versão do governo Bolsonaro
G20: EUA e UE fecham acordo sobre tarifas de aço e alumínio
Após negociações, G20 se aproxima de acordo sobre clima
Bolsonaro tem agenda esvaziada e ironizado pela imprensa
Rainha Elizabeth 2ª cancela sua participação na COP26
Biden edita decreto suspendendo restrições de viagens aos USA
China anuncia restrições após aumento de casos de covid
Joe Biden e Macron falam de uma defesa europeia mais forte
Os EUA têm compromisso de defender Taiwan, diz Joe Biden
Presidente da Itália se reúne com Merkel e volta a defender UE

TAGS:
BOLSONARO | PETROBRAS | INFLAÇÃO | COMBUSTÍVEIS | PREÇO