POLICIA

PRF apreende três ônibus com bolivianos que viriam para Brasília.

Eles viriam para Brasília, onde ocorrem neste domingo manifestações contra e a favor do impeachment.

Em 17/04/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu hoje (17) três ônibus com bolivianos que viriam para Brasília, onde ocorrem neste domingo manifestações contra e a favor do impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Segundo a PRF, os bolivianos só tinham autorização para viajar até Goiânia, onde disseram que participariam de um congresso imobiliário.

Depois de participar do evento, eles deveriam voltar para a Bolívia, mas os ônibus seguiam para Abadiânia, cidade que fica entre Goiânia e Brasília, informou a PRF. Os ônibus foram retidos e aguardam providências da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), em Anápolis, também em Goiás.

Na última sexta-feira (15), o Ministério Público Federal em Goiás recomendou que órgãos de segurança pública do estado impeçam participação de estrangeiros em atos políticos relacionados ao impeachment.

Os documentos com as recomendações foram dirigidos à Secretaria de Segurança Pública do Estado de Goiás, responsável pelas polícias Civil e Militar no Estado, e às polícias Federal e Rodoviária Federal com atuação em Goiás.

“O procurador da República autor das recomendações, Ailton Benedito de Souza, esclarece que a atividade política por estrangeiro é vedada em território nacional e, por conseguinte, ilícita, cabendo aos órgãos competentes do Estado brasileiro tomar as medidas apropriadas para impedir tal prática e, sendo o caso, aplicar as medidas inibitórias e sancionatórias pertinentes”, diz nota do Ministério Público.

Na recomendação, o procurador lembra que a participação de estrangeiros em atos políticos no Brasil pode levar à deportação. O procurador diz ainda que se baseou em notícias veiculadas na imprensa sobre bolivianos e outros estrangeiros de vários países da América do Sul que entrariam no Brasil para participar de atos contra o impeachment.

Por Kelly Oliveira/Agência Brasil