Primeiro civil brasileiro a viajar para o espaço compartilha experiências.

Pedro Nehme,  o primeiro brasileiro civil a viajar para o espaço, estará compartilhando suas experiências durante toda essa semana na rede social do twitter. A ação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação,  tem o objetivo de divulgar as atividades relacionadas à Ciência no Brasil.

Com 23 anos de idade, Pedro cursa o último semestre de engenharia elétrica na Universidade de Brasília (UnB) e se prepara para embarcar para o voo suborbital na espaçonave Lynx Mark II, da empresa Xcor Space Expeditions.

Em mensagens na rede social, Pedro Nehme, disse estar muito feliz com a ação. “Estou muito orgulhoso em ser o primeiro convidado a participar e ajudar a aproximar as pessoas de um contexto que parece distante para muitos. Será um desafio postar sobre atividades espaciais em 140 caracteres, mas desafio e espaço aparecem no dia-a-dia, normalmente coladas com fita Kapton,” relatou.

Treinamento

A viagem deve acontecer no final deste ano, e o estudante já passa por uma série de treinamentos.  O Instituto de Medicina Aeroespacial Brigadeiro Médico Roberto Teixeira (Imae) realizou, no início de abril, treinamento fisiológico onde Pedro executou atividades no assento ejetável, na câmara de altitude e na cadeira de Barany. “O objetivo foi capacitá-lo para os treinamentos que ele tem que realizar na sua preparação para a viagem espacial”, explica a Chefe da Subdivisão de Fisiologia Aeroespacial do Imae, Capitão Monica Barreto Santos.

No assento ejetável, a pessoa pode ser alçada a uma altura de até três metros, impulsionada por uma pressão de nitrogênio. O impacto corresponde, em média, a cinco vezes a força da gravidade. O objetivo é abandonar uma aeronave em caso de pane protegendo, principalmente, a coluna vertebral.

“Eu fiquei um pouco ansioso porque não tinha noção de como seria. Foi sensacional e contribuiu muito para o meu treinamento. Agradeço a todos da Aeronáutica por terem possibilitado essa experiência", disse.

Formação

A formação de Pedro teve como pontapé inicial a realização de um curso em tecnologias espaciais, em 2011, pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCTI).

Em 2012, o jovem brasiliense também teve a oportunidade de estudar na Catholic University of America, em Washington (EUA), após ser selecionado pelo programa federal Ciência sem Fronteiras (CsF). Naquele país, ele trabalhou no Goddard Space Flight Center, programa da Agência Espacial Americana (Nasa).

Fontes: Portal Brasil/Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação/Força Aérea Brasileira.