POLÍTICA INTERNACIONAL

Primeiros resultados eleitorais da Nigéria serão divulgados nesta segunda (30).

O presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan, concorre ao segundo mandato.

Em 29/03/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Os primeiros resultados da eleição presidencial na Nigéria devem ser divulgados nesta segunda-feira (30). "Esperamos poder anunciar [os resultados] dentro de 48 horas [após o encerramento das mesas de votação no sábado] e mesmo antes", declarou o presidente da Comissão Eleitoral Independente, Attahiru Jega.

Atrasos na entrega do material eleitoral e problemas técnicos ligados ao uso, pela primeira vez, de leitores de cartões eleitorais biométricos levaram a comissão eleitoral a suspender, ontem (28), a votação em algumas mesas e retomá-la hoje. Segundo Attahiru Jegal, os incidentes afetaram 348 mesas, incluindo 90 em Lagos, capital econômica do país. A apuração dos votos já começou nos locais onde não foi registrado problema ou as urnas fecharam.

O presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan, concorre ao segundo mandato, tendo como principal adversário o militar na reserva Muhammadu Buhari, que se candidata às eleições presidenciais pela quarta vez. Ele é beneficiado, este ano, pelo apoio de uma oposição mais unida.

O presidente da Comissão Eleitoral Independente informou que recebeu acusações de fraude eleitoral em alguns locais, incluindo a presença de menores nas mesas de votação, e confirmou ter recebido uma queixa do partido Congresso Progressista, de Muhammadu Buhari, que exige nova eleição no estado de Rivers. Attahiru Jega prometeu examinar todas as queixas e pediu aos nigerianos para que aguardem os resultados com calma.

Em 2011, cerca de mil pessoas foram mortas após o anúncio dos resultados eleitorais no país. As eleições presidenciais deste ano também ocorreram sob clima de violência. Nesse sábado, pelo menos sete pessoas morreram em ataques a mesas de votação, no Norte do país. Na sexta-feira (27), 23 foram decapitadas em Buratai, no Nordeste. A suspeita das mortes recai sobre o grupo extremista islâmico Boko Haram.

Agência Lusa