POLÍTICA NACIONAL
Produção industrial opera 6,8% abaixo do patamar recorde, diz IBGE
O quadro para o setor industrial é de menor dinamismo e predominância de resultados negativos ao longo de todo o ano de 2014.
Em 08/01/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
A produção industrial brasileira está operando 6,8% abaixo do seu patamar recorde, que foi alcançado em junho de 2013, segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física (PIM-PF) divulgada nesta quinta-feira, 8, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O quadro para o setor industrial é de menor dinamismo e predominância de resultados negativos ao longo de todo o ano de 2014.
"Em 2014, tivemos seis taxas negativas, uma estável e quatro positivas. Só na frequência de resultados negativos, a gente tem uma ideia do que foi esse ano passado", ressaltou André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE.
Em novembro, a produção industrial recuou 5,8% em relação ao mesmo mês de 2013, como resultado da retração registrada em 22 das 26 atividades pesquisadas. Os estoques elevados estão entre as explicações para o resultado.
"A variável estoques é um componente que permanece em todo o ano de 2014, especialmente para setores ligados a bens de capital e de consumo duráveis, que não por acaso são categorias que registram as maiores perdas. São grupamentos onde a variável estoques é importante para esse menor ritmo de produção", explicou Macedo.
Outras explicações para as perdas da indústria no ano são a maior entrada de importados, menores exportações para parceiros comerciais importantes, evolução mais moderada do consumo interno, mercado de trabalho e renda caminhando de forma mais moderada, restrição maior no acesso ao crédito e encarecimento das linhas de crédito, enumerou o gerente do IBGE. "São fatores que consolidam muito esse retrato que a gente tem na produção industrial na comparação com 2013", apontou.
No acumulado em 12 meses, a indústria está com queda de 3,2%. "Mais do que o resultado negativo em si, o que mais chama atenção é a trajetória descendente. Em março de 2014, o acumulado em 12 meses mostrava crescimento de 2%. Isso dá perda de 5,2 pontos porcentuais de março a novembro. E todas as categorias de uso estão acompanhando essa trajetória de perda", citou.
Fonte: Folha Vitória