NEGÓCIOS
Produção de café conilon em 2018 deve superar os resultados
Em 2017, a safra de café fechou em 8.865 sacas beneficiadas.
Em 01/02/2018 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Apesar da seca e da diminuição das áreas de café conilon cultivadas no Espírito Santo, o desempenho do Estado nesse segmento é extremamente significativo: representa 62,4% de toda a produção do país. Em 2017, a safra de café fechou em 8.865 sacas beneficiadas, sendo a maior parte, 64,72%, de café Robusta.
Com o desenvolvimento de tecnologias e de facilitadores, promovido pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), a expectativa dos cafeicultores é de que a produção aumente neste ano, o que é fundamental no processo de recuperação das perdas dos últimos três anos.
Isso será possível em grande parte pela renovação das lavouras, na ordem de 7% a 8% anualmente, sobre boas bases tecnológicas, nutrição, poda, manejo de pragas e de doenças e irrigação, e é claro, à regularização do regime de chuvas.
Tecnologia
Uma das novidades lançadas pelo Incaper em 2017 é a ‘Marilândia ES8143’, cultivar clonal tolerante à seca. Essa variedade mantém boa produtividade mesmo em condições climáticas adversas e é resistente à doença da ferrugem.
Outra tecnologia disponibilizada foi o aperfeiçoamento dos sistemas de produção de mudas clonais do café conilon. Com o sistema de “jardim clonal adensado”, o tempo para multiplicação e disponibilização das novas variedades (como a Marilandia ES8143) para os viveiristas e consequentemente ao produtor, será reduzido em mais de 4 vezes. Isso permitirá ainda mais dinamismo e aplicação da pesquisa desenvolvida no ES, que é referencia mundial em Conilon.
Recuperação
De acordo com o produtor Isaac Venturim, responsável pela produção na Fazenda Venturim, a seca e a má distribuição das chuvas foram os principais fatores para as erradicações nas lavouras na região. Porém, apesar das dificuldades enfrentadas pelos produtores nos últimos anos, ele acredita que o segmento conquistará resultados positivos em 2018.
Isaac destaca ainda que essas novas tecnologias chegaram num momento oportuno, pois com o auxílio delas é possível preparar-se melhor para as próximas secas. “O clima desfavorável foi responsável pela perda de 50% da produção do Espírito Santo. Cultivares mais resistentes darão maior segurança para a produção de café conilon, que tende a se recuperar nos próximos cinco anos”, afirma Isaac.
(Foto: Divulgação)