NEGÓCIOS
Produção de carne de frango cresce no Brasil e Guabi investe no setor.
Segundo a ABPA, as exportações do setor atingiram 3,379 milhões de toneladas em 2016.
Em 25/01/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
São Paulo - De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), as exportações do setor de avicultura (considerando todos produtos – in natura e processados) atingiram 3,379 milhões de toneladas (janeiro asetembro de 2016), desempenho 6% superior do alcançado nos primeiros nove meses de 2015. Estes resultados fazem do setor um dos principais pilares da economia brasileira. “O Brasil possui uma avicultura dinâmica, somos o maior exportador do mundo e o segundo maior produtor mundial, desta forma, o segmento está alinhado com as tendências internacionais para estar sempre na vanguarda desta área de produção animal, que gera prosperidade global”, ressalta João Carlos de Angelo, zootecnista e gerente de produtos da Guabi.
Para João Carlos, os produtores brasileiros têm perfeitas condições de atender à necessidade mundial de proteína animal, sendo que o Brasil deve responder pelo aumento de 46% nas exportações mundiais até 2023. “Estamos prontos para atender as demandas do setor e contribuir para o seu progresso em todas as áreas produtivas. Para atingir esta meta, devemos investir cada vez mais para manter ostatus sanitário alcançado, focarmos na manutenção desta liderança e nas exportações do complexo das carnes (aves e suínos), conquistadas a duras penas. Desta forma, tornaremos os produtos resultantes destas cadeias produtivas brasileiras como sinônimo de qualidade no mundo, pois a defesa destes interesses deve ser tratada como uma questão de segurança nacional por conta de sua importância à economia brasileira”, completa o gerente.
O propósito
Foi com base neste propósito que a Guabi Nutrição e Saúde Animal esteve presente no encontro anualPoultry Science2016, em Nova Orleans – Lousiana (EUA) e valoriza a importância da primeira edição do evento fora da América do Norte, que aconteceu no Brasil, de 04 a 06 de outubro, em Campinas. As novidades foram diversas na área de nutrição animal como: enzimas (fitases, carboidrases e proteases), óleos essências, ácidos orgânicos, prebióticos e probióticos. Outro tema relevante foi a discussão da nutrição pré-inicial e inicial, onde as exigências nutricionais são diferenciadas e ressalta a importância da precocidade da alimentação logo após a eclosão. Além disto, desenvolve o sistema imunológico, termorregulador, digestivo e evidencia ingredientes de alta digestibilidade, uma forma de amenizar a maturidade digestivo-absortiva.
Na área de bem-estar animal foi destacado a produção de aves no sistema “free range”, ou seja, livre de gaiolas, “esta tendência acende um alerta, pois temos algumas iniciativas isoladas no Brasil, embora ainda seja uma realidade bem distante daqui. A substituição de gaiolas por sistemas que priorizem o bem-estar dos animais é uma tendência mundial, mas que exige um prazo de adaptação, sendo um sistema novo que tende a agregar custo ao produto final”, explica João Carlos.
Reduzir o uso de antibióticos para atender a demanda global é outra tendência nos próximos anos na produção animal, sendo que 47 países já estão em processo de implantação de políticas para restringir o uso de antibióticos. Inclusive, em 2021 está prevista uma proibição mundial quanto à utilização de antibióticos. “As empresas vão precisar reaprender a produzir carnes e ovos sem eles”, destaca o zootecnista.
Aplicação de aditivos naturais
De acordo com João, as alternativas são a aplicação de aditivos naturais destinados ao controle da flora intestinal do animal, o que pode favorecer o sistema imunológico e prevenir a proliferação de doenças. “Desta forma, ao aprimorar o estado sanitário, há uma maior absorção de nutrientes e um incremento no ganho de peso do animal e melhora na conversão alimentar”, acrescenta.
Para o zootecnista o que mais chamou a atenção no evento foi a tecnologia das enzimas, principalmente das fitases com os conceitos atuais de “super-dosing” para promover maior liberação de fósforo fítico, melhorar os resultados zootécnicos, os conceitos e formas de uso de óleos essenciais, ácidos orgânicos, pré e probióticos em conjunto ou isoladamente. “A Guabi é uma empresa pioneira no uso de enzimas e o conceito mais recente dentro deste segmento é o ‘super-dosing’, ou seja, ampliar a dose de enzima para obter melhor aproveitamento dos nutrientes indisponíveis nas matérias primas. Estamos avaliando esta tecnologia e pretendemos implantá-la respeitando as frações de nutrientes indisponíveis, pois as enzimas são substratos dependentes. Entre outros conceitos estão a utilização de óleos essências, ácidos orgânicos os quais já estão implantados na empresa e já trazem retorno em performance zootécnica e econômica aos produtores”, comenta.
Os laboratórios
João ainda ressalta sobre a importância dos laboratórios na construção da confiabilidade na cadeia tecnológica de produção animal. “Através do laboratório Labtec, a Guabi tem uma gestão significativa sobre os níveis de controles analíticos aplicados para garantir a rastreabilidade, atender as instruções normativas (IN´s) e segurança do produto final, que são utilizados em todo processo produtivo. Partindo do princípio que há grande variabilidade nutricional nos ingredientes de origem vegetal ou animal e os controles por lote são fundamentais. Estas variações podem provocar desvios nos níveis nutricionais e desempenho zootécnico, caso o monitoramento técnico não seja assíduo”, alerta.
As informações dos resultados analíticos permitem ao nutricionista alimentar de forma precisa seu sistema de formulação com devida precisão, acurácia e segurança. Estes procedimentos garantem que não houve variações nos níveis nutricionais oriundas da inclusão, mistura e/ou processamento. “A avicultura e suinocultura evoluíram muito nas últimas duas décadas, sustentada pelas áreas de genética, nutrição, manejo e ambiência. Por que não incluir o setor laboratorial neste conjunto de fatores de sucesso? Deixo esta reflexão para os envolvidos nesta inovadora cadeia. Os laudos analíticos não devem simplesmente fazer parte dos controles, mas sim, serem explorados de forma estratégica ao longo de toda a cadeia de produção”, pontua.
“A expectativa da Guabi é que o mercado de commodities se ajuste, para que os produtores tenham condições de manter e ampliar seus plantéis e principalmente recuperem a rentabilidade para prosperar em conjunto”, finaliza o gerente.
Sobre a Guabi
A Guabi Nutrição e Saúde Animal é uma empresa que há mais de 40 anos se dedica ao desenvolvimento e fabricação de produtos de alta qualidade e confiabilidade, voltados para o bem-estar das pessoas e dos negócios. Procurando sempre investir em ingredientes inovadores e tecnologias de ponta que garantam o melhor resultado para criadores, é hoje uma das maiores empresas de nutrição e saúde animal do país. Tem forte atuação em todos os estados brasileiros e exportações frequentes para mais de 30 países. Sua linha de produtos abrange rações completas, suplementos minerais, dietas, núcleos e premixes, para atender as diferentes necessidades nutricionais e fases de crescimento de: peixes e camarões, equinos, bovinos de corte e de leite, aves de corte e de postura, coelhos, caprinos, ovinos, entre outras espécies de animais de produção. Atualmente, a Guabi possui seis unidades fabris distribuídas pelo Brasil, além de dois Centros de Distribuição localizados na região Nordeste e de seu Escritório Nacional, em Campinas/SP.
Por Lucia Nunes