ECONOMIA NACIONAL

Programa de Proteção ao Emprego alcança quase metade das adesões.

Seis empresas já confirmaram a participação no programa.

Em 29/09/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

O Programa de Proteção ao Emprego (PPE) está próximo de alcançar 50% da previsão inicial de empregados beneficiados em pouco mais de três meses de efetivo funcionamento.

Em 6 de julho, quando a Presidenta Dilma Rousseff fez o lançamento, a meta anunciada era atingir 50 mil empregados. Até o momento, seis empresas já confirmaram a participação e outras 27 estão com processo de adesão em análise, totalizando 23.971 trabalhadores.

Segundo o ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, esse balanço inicial já merece ser comemorado. “É muito bom, porque esses trabalhadores preservarão suas vagas e, também, o saldo do FGTS e todos os benefícios trabalhistas. E o governo federal mantém parte da arrecadação com as contribuições sociais incidentes sobre os salários”, destaca Dias.

Se todas as 27 empresas conseguirem obter o Termo de Adesão ao PPE, o total de recursos oriundos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) utilizados para pagar os benefícios aos empregados registrados no Programa chegará a R$ 69 milhões. 

No final de setembro, três empresas aderiram ao Programa: a Pricol do Brasil Componentes Automotivos, a Indústria de Serras Dal Pino LTDA e a Mercedez-Benz do Brasil LTDA participarão por seis meses, beneficiando mais 9.249 trabalhadores brasileiros, que receberão um montante de quase R$ 33,9 milhões oriundos do FAT.

As empresas Grammer do Brasil, Rassine NHK Autopeças e Caterpillar do Brasil foram as primeiras a receberem Termos de Adesão ao PPE, ainda em agosto. Sua participação no Programa já está beneficiando 2,5 mil trabalhadores e proporcionando uma economia de R$ 6 milhões ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

Entre as empresas que estão pleiteando a participação no PPE, cinco já tiveram o Acordo Coletivo de Trabalho Específico registrado e uma está com este documento em análise no Ministério do Trabalho e Emprego.

Os setores automobilístico, metalúrgico e fabril concentram o maior número das empresas que manifestaram oficialmente interesse em participar do Programa, mas há também representantes dos setores de construção civil, alimentício, têxtil, financeiro, imobiliário, comércio e serviços.

Acordo Coletivo

Os empregadores e os trabalhadores precisam fixar a decisão em aderir ao PPE por meio do Acordo Coletivo de Trabalho Específico (ACTE). Cabe ainda a empresa comprovar a situação de dificuldade econômica e financeira.

O período de adesão vai até o fim deste ano e o Programa está previsto para funcionar até 31 de dezembro de 2016. As empresas podem participar do PPE por um prazo de seis a 12 meses.

Depois da adesão, as empresas não podem dispensar os empregados que tiveram sua jornada de trabalho reduzida temporariamente. No final do período, o vínculo trabalhista terá estabilidade pelo prazo equivalente a um terço do período envolvido.

O PPE permite que a empresa reduza a jornada de trabalho de seus funcionários em até 30%, com uma complementação de 50% da perda salarial pelo FAT, limitada a 65% do maior benefício do seguro-desemprego.

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego