EDUCAÇÃO

Projeto sobre cultura e identidade do capixaba cativa crianças

Projeto sobre cultura e identidade do povo capixaba cativa crianças em escola de Vitória.

Em 12/09/2023 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Foto: Divulgação/PMV

Após um longo período de aprendizado com diversas atividades e vivências com música em sala de aula, as crianças apresentaram para os colegas a música "Puxada de rede", da banda capixaba Manimal.

Encantamento, diversão e muito aprendizado cultural e histórico. Assim ficou marcado o projeto de sala "Conhecendo a identidade capixaba cultural através da música", desenvolvido com 50 crianças do grupo 6 do Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Rubens Duarte de Albuquerque, em Itararé.

Após um longo período de aprendizado com diversas atividades e vivências com música em sala de aula, as crianças apresentaram para os colegas a música "Puxada de rede", da banda capixaba Manimal. Com direito a figurino e cenário, composto por um barco, batizado pelos pequenos de "capixabinha" e variados adereços relativos ao congo, as crianças protagonizaram uma bela apresentação, com a presença ilustre da banda de congo Amores da Lua e também da escola de samba Pega no Samba.

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Outra atividade que ficou marcada na memória das crianças foi uma oficina com as famílias, cujo objetivo foi a confecção das casacas utilizadas na apresentação. A ação contou com o apoio de Pedro Barcelos, avô de Emanuelle, do grupo 6B. Ele é marceneiro e, em sua infância, confeccionava casacas com seu pai. Por isso, se ofereceu para produzir as casacas e conduzir a oficina com as famílias e as crianças.

''Fiquei muito grato por ter recebido o convite para ser parceiro neste trabalho. Sinto-me honrado pelo acolhimento e carinho que recebi de todo o grupo. Eles confiaram no meu trabalho de artesão. Foi incrível confeccionar as casacas, instrumento usado na cultura do congo capixaba", contou.

"As famílias são peças-chave no contexto do desenvolvimento e da aprendizagem. Mais uma vez, a nossa comunidade participou efetivamente desta proposta, possibilitando estreitarmos a nossa relação e constituirmos laços de afetividade muito mais fortes, tornando a educação um processo coletivo", destacou a diretora do Cmei, Keidma Borges.

Fortalecendo vínculos

As crianças relataram muita satisfação e entusiasmo nas atividades desenvolvidas, especialmente na oficina que teve a presença das famílias.

"Eu gostei de tudo e de pintar minha casaca. Nesse dia me arrumei toda para essa festa, fiz maquiagem, arrumei os meus cabelos e fiquei muito feliz porque minha mãe veio junto comigo, depois aproveitei para brincar com minha colega Marjory que estava comigo na mesa da oficina", contou a pequena Maria Juliana Rosa.

Da mesma forma, Alexia Alves ressaltou sobre a alegria que sentiu durante a atividade.

"Fiquei feliz com a presença da minha mãe, pois queria muito que ela me visse pintando minha casaca. Quando chegamos em casa eu brinquei e cantei a música da apresentação, Puxada de rede'', relatou.

Eloah de Jesus também destacou a presença de seu pai durante a oficina.

"Eu gostei que meu pai veio comigo participar desse dia tão feliz para mim. E adorei, pois levei minha casaca para casa e também fui sorteada e ganhei um suporte de madeira, com 4 xícaras, que vou dar de presente para minha avó", destacou.
Aprendizado lúdico

Além disso, outra atividade que encantou os pequenos foi uma contação de história do livro "O menino e o tambor", do autor Luiz Quintanilha. A atividade foi conduzida pelo professor convidado Iguatemi Rangel, da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). O convidado especial também apresentou o ritmo e os instrumentos do congo para as turmas por meio de um teatro de fantoches.

A diretora Keidma reforça sobre a importância de trabalhar com as crianças sobre a cultura e a identidade do povo capixaba.

"A construção da identidade se dá por meio das interações da criança com seu meio social. A escola é um universo social diferente da família, favorecendo novas interações, ampliando desta maneira seus conhecimentos a respeito de si e dos outros. Por isso propusemos a eles vivenciar a cultura do Espírito Santo, conhecendo a identidade capixaba desde a infância", reforçou. (Secom/PMV)

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