MEIO AMBIENTE

Projetos de aldeias indígenas de Aracruz (ES) terão apoio da Fibria e Kamboas.

O Fundo de Apoio para Iniciativas Comunitárias (Faici) vai beneficiar 22 projetos.

Em 29/07/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

O Fundo de Apoio para Iniciativas Comunitárias (Faici) beneficiará neste ano mais 22 projetos de moradores das terras indígenas na região de Aracruz. Serão investidos R$ 125 mil para fornecimento de equipamentos, insumos e serviços para a concretização dos empreendimentos aprovados. O Faici integra as ações do Plano de Sustentabilidade Tupiniquim e Guarani do Espírito Santo (PSTG), uma parceria da Fibria com a Kamboas Socioambiental.

As inscrições para o segundo edital do Faici cresceram mais de 20% em relação ao primeiro, lançado em 2014. Dos 109 projetos concorrentes, 22 foram escolhidos pelo Conselho Deliberativo do Fundo, formado pela Fibria, Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), Secretaria Municipal de Agricultura de Aracruz (Semag) e Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper). Dois representantes indígenas atuaram como auditores do processo.

Os critérios utilizados para escolha dos projetos foram o envolvimento do maior número possível de famílias; a continuidade de trabalhos já iniciados; o envolvimento de outros parceiros e acompanhamento das atividades; e a valorização do conhecimento e inclusão de idosos, mulheres e jovens.

O Faici conta com quatro linhas de atuação: geração de renda e trabalho, que visa fortalecer essas iniciativas na terra indígena; atividades de subsistência, para apoiar ações para produção de alimentos para consumo das famílias envolvidas; cultura, que visa ao fortalecimento dos valores e culturas tupiniquim e guarani; esporte, cujo foco é formação de jovens por meio da prática esportiva.

A grande maioria de projetos aprovados – 82% – foi na linha de geração de renda, com foco em atividades de agropecuária. A importância social do Faici é reforçada por meio do levantamento de beneficiários dos projetos: metade deles favorece cinco ou mais famílias.

Saiba mais

·        109 projetos inscritos

·        22 selecionados

·        21 são de aldeias de etnia tupiniquim

·        36% são da Aldeia Caieiras Velha

·        23% são da aldeia Irajá

·        18% são da aldeia Pau-Brasil

Sobre o PSTG –O Plano de Sustentabilidade Tupinikim e Guarani atua com base em três eixos: apropriação de conhecimentos para a gestão territorial e ambiental das terras indígenas, uso sustentável dos recursos naturais e o fundo de apoio a iniciativas comunitárias indígenas. Com foco nesses pilares, são desenvolvidas atividades de fortalecimento dos coletivos; recuperação de sementes crioulas para plantios nas roças e quintais; enriquecimento das terras com sistemas agroflorestais; meliponicultura e restauração florestal. 

Por Ascom/Fibria