TEMAS GERAIS
Pronto Atendimento segue suspenso dois dias após confusão no ES
Filho de paciente se exaltou ao exigir atendimento para o pai.
Em 03/11/2014 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Depois de uma discussão entre pacientes e funcionários do Pronto Atendimento (PA) de São Pedro III, em Vitória, no último sábado (1), a unidade ficou fechada durante todo o domingo (2). O acompanhante de um paciente se exaltou, a polícia teve que ser acionada e um funcionário e o acompanhante foram detidos. De acordo com a Guarda Municipal, apenas casos gravíssimos estão sendo atendidos no local na manhã desta segunda-feira (3).
A confusão começou quando, na noite de sábado, o motorista de ônibus Paulo Henrique Almeida do Nascimento, 32 anos, que acompanhava o pai, um idoso de 57 anos, ficou nervoso pela demora e deu dois socos na mesa da médica que fazia o atendimento. Assustada, a profissional saiu correndo do consultório.
A Polícia Militar foi chamada e de acordo com a prefeitura, um dos PMs que trabalhou na ocorrência, agiu com truculência contra um técnico em enfermagem, também formado em Direito, que se apresentou como advogado, defendendo a médica que se recusava a ir para a delegacia. Em seguida, foram detidos o técnico e o motorista.
O tumulto no PA aconteceu por conta do pai da vendedora Eline Almeida, que estava em busca de atendimento.
“Não queriam atendê-lo. Falaram que o caso dele não era grave, que podia sentar e esperar, porque ele estava com classificação verde. Mas quem tem problema de coração não pode ficar esperando. Aí meu irmão foi bateu na mesa, falando que exigia que atendessem rápido”, relatou.
Eline explicou que o irmão ficou exaltado com a médica porque, há um ano, a mãe, também cardíaca, morreu aguardando ser atendida, na recepção do PA. “Minha mãe sentou ali esperando um atendimento e morreu ali, com classificação verde”, disse.
Com um mês de vida, Nicole estava com problemas respiratórios e foi levada pela mãe ao local, mas também não foi atendida. “Ela está com uma falta de ar, mas eles falaram que não atendem. Tem que ir para o hospital infantil. Quando a gente precisa do atendimento público, a gente não pode contar”, falou a dona de casa Maysa Nascimento.
Outro lado
A Secretaria Municipal de Saúde (Semus) informou que está reunida com os profissionais de saúde do Pronto Atendimento (PA) de São Pedro, líderes comunitários do território e sindicatos das categorias para identificar meios de melhoria dos fluxos de atendimento do PA. A prefeitura disse ainda que a unidade continua atendendo as demandas de urgência e emergência. Entretanto, a Semus espera resolver, nesta reunião, as condições para que o atendimento volte à sua normalidade ainda nesta segunda-feira (3)
Fonte: G1-Espírito Santo