A Escola de Serviço Público do Espírito Santo (Esesp), responsável pelo processo seletivo da Secretaria de Estado da Educação (Sedu), decidiu reaplicar as provas para todos os 1.124 candidatos que concorrem aos cargos de pedagogo e professor de educação especial nos municípios de Vitória, Serra, Fundão e Santa Teresa.
Os novos exames vão ocorrer no dia 11 de dezembro, nos mesmos locais e horários da avaliação deste domingo (27).
A diretora presidente da Esesp, Dangela Bertoldi Volkers, informou que houve um problema, considerado pela organização como pontual, na Escola Zumbi dos Palmares, na Serra, onde candidatos relataram que não havia provas para todos os candidatos.
Segundo ela, houve um atraso na entrega das avaliações na unidade, o que impossibilitou que 228 candidatos fizessem a prova em tempo hábil.
Para não haver prejuízo aos participantes, a instituição decidiu reaplicar os testes a todos os que concorrem aos cargos de pedagogo e professor de educação especial nos municípios de Vitória, Serra, Fundão e Santa Teresa. Esses candidatos serão contatados para mais esclarecimentos.
“As provas serão aplicadas no mesmo horário e local. Os demais problemas ocorridos durante a aplicação dos exames foram resolvidos no dia da avaliação”, explica.
O candidato que não puder comparecer pode solicitar o reembolso da taxa de inscrição, por meio de requerimento protocolizado na Esesp. O requerimento deverá ser entregue até o dia 9 de dezembro.
“Os demais inscritos na seleção não sofrerão nenhum prejuízo, seus direitos serão preservados. As medidas citadas acima se fazem necessárias para garantir a lisura do processo seletivo”, ressalta.
Justiça
O deputado estadual Sérgio Majeski (PSDB) entrou com uma representação no Ministério Público do Estado pedindo o cancelamento do certame. Ele também havia entrado com uma ação na Justiça na última semana pedindo a suspensão da seleção, solicitação esta que foi negada pelo juiz da 3ª Vara da Fazenda Pública Estadual, Mário da Silva Nunes Neto.
“Representei junto ao MPES pedindo o cancelamento da prova e a moralização da seleção. Recebi informações de que em alguns locais houve atraso para início das provas, candidatos fizeram provas do celulares nas mãos e o envelope com o testes estava lacrado com fita crepe. Não é possível que o Ministério Público e o Tribunal de Justiça vão continuar fechando os olhos, os ouvidos e o nariz para tudo isso”, disse o deputado.
O Ministério Público do do Espírito Santo (MPES), por meio da Promotoria de Justiça Cível de Vitória, informou por meio de nota que abriu expediente preparatório para apurar possíveis irregularidades ocorridas no processo seletivo simplificado aplicado pela Secretaria de Estado da Educação (Sedu). Informa ainda que foi realizada uma primeira reunião com representantes da Sedu e do Sindiupes para a análise dos fatos reportados tanto de forma direta ao MPES, quanto por meio da denúncia citada feita por um deputado estadual.
Fonte: Sedu/g1-es