Provas indicam que míssil russo teria abatido o avião da Malasia Airlines.
Essa versão parece ser confirmada pelas investigações de um jornalista holandês.
Em 21/04/2015
Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Em julho de 2014, um Boeing-777 da Malaysia Airlines com quase 300 pessoas a bordo explodiu nos céus do leste da Ucrânia, uma zona de guerra. Dois meses depois, em um relatório preliminar, foi revelado que o avião fora derrubado por "um grande número de objetos" que atravessaram a fuselagem. Mas as principais suspeitas, até hoje não confirmadas oficialmente, eram de que a aeronave tinha sido derrubado por um míssil. Essa versão parece ser confirmada pelas investigações de um jornalista holandês que teve acesso à área em que o avião caiu. Leia o relato de Jeroen Akkermans à BBC:
"Quando um jornalista começa a investigar a cena de um crime é porque alguma coisa não vai bem - afinal, trata-se de uma tarefa da polícia. Mas, no dia 17 de julho de 2014, o voo da Malaysia Airlines MH17 explodiu no céu do leste da Ucrânia, e os restos mortais dos 298 passageiros e da tripulação caíram em uma zona de guerra controlada por combatentes de frentes militares - uma área sem polícia.
Eu visitei o lugar várias vezes e, depois de meses vendo as provas espalhadas na "cena do crime", decidi levar alguns fragmentos. Pelo menos três deles estavam ligados a um míssil terra-ar, segundo especialistas e analistas forenses.
Homens e armas
As vítimas vinham de vários países – 196 eram holandeses, por isso o acidente causou grande comoção em meu país. Quando os carros fúnebres com caixões começaram a fazer cortejos pelas ruas do país, de tantas lágrimas, parecia que todo mundo conhecia algum passageiro do MH17.
Os restos mortais desses passageiros estavam espalhados por uma área de mais de 35 quilômetros quadrados e, quando cheguei pela primeira vez, as facções já haviam se colocado a postos para localizar os restos de corpos.
Não havia nenhum tipo de organização, somente homens com armas de fogo. Mas ninguém nos impediu de entrar e gravar o que se chamou de "a maior cena de crime do mundo".
Havia restos mortais por todas as partes, o cenário era desolador. Uma cena de guerra. De morte. Um inferno. Tirei fotos dos números de série, dos buracos e crateras, em uma tentativa de entender a magnitude de tudo aquilo.