TEMAS GERAIS

Psicologia corporativa é essencial no retorno ao trabalho presencial

É necessário que as organizações se adaptem com rapidez, diz Bárbara Nogueira.

Em 08/10/2020 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Foto: Carmine Furletti / Divulgação

Profissionais precisam desenvolver a inteligência emocional, enquanto empresas devem adotar ações de acolhimento, orienta a diretora da Prime Talent, Bárbara Nogueira.

Uma das grandes preocupações neste momento em que muitas empresas, no Brasil, estão retomando as atividades presenciais ou optando pelo modelo híbrido de trabalho, após mais de seis meses de home office, é em relação ao gerenciamento das emoções e do bem-estar mental dos profissionais. Especialistas alertam que a situação pode desativar as defesas psíquicas e exacerbar sentimentos como estresse, angústia, ansiedade e depressão. Sendo assim, é fundamental que as pessoas desenvolvam ainda mais sua inteligência emocional, ao passo que as empresas precisam adotar estratégias de acolhimento, escuta e acompanhamento para identificar sinais de transtornos, ainda que leves.

A orientação é da diretora, board advisor e headhunter da Prime Talent, Bárbara Nogueira, que também tem formação em psicologia. Ela explica que, diante da pandemia, todos tiveram que se reinventar e alterar completamente suas rotinas. Agora, novamente, precisam se adaptar a um “novo normal” no local de trabalho, com alguns vivenciando o medo do contágio pelo coronavírus, outros que estavam felizes com a atuação remota, além daqueles que apresentam sequelas do isolamento ou dificuldades particulares.

“A volta pode ser até mais desafiadora para as lideranças, por isso o gerenciamento das emoções é muito importante. Não se pode negligenciar esse aspecto, que tem grande impacto na motivação da equipe, na performance dos profissionais, nos resultados e no lucro das companhias”, destaca.

A executiva observa que, assim como estão atentas à segurança e à saúde física dos colaboradores, os líderes devem ampliar a psicologia corporativa, com implementação de avaliações de sintomas emocionais e de ações eficazes para reduzir ou prevenir eventuais problemas, garantindo o bem-estar mental de todos. Inclusive, daqueles que seguirão em home office.

“É necessário, mais uma vez, que as organizações se adaptem com rapidez e da forma mais natural e humanizada possível, minimizando possíveis abalos psicológicos”, completa.

Por outro lado, Bárbara lembra que cada pessoa também tem que fazer a sua parte.

“No mundo atual, mais do que nunca, a necessidade de buscar o autoconhecimento e trabalhar as próprias emoções de forma inteligente e produtiva aumentou exponencialmente. A inteligência emocional é, hoje, um dos principais diferenciais no mundo corporativo. Está ligada ao autocontrole, automotivação, empatia e relações sociais”, detalha.

Assim, a dica, entre outras, para evoluir nessa habilidade é ampliar a consciência de si próprio e a capacidade de reconhecer os desencadeadores emocionais, os pontos fortes e fracos, valores e objetivos. E de que maneira tudo isso afeta os pensamentos e comportamentos no dia a dia. (Por Luciana Rezende - Link)