POLÍTICA CAPIXABA

Putin e Obama acertam cooperação para implementar acordo sobre a Síria.

Rússia diz ter defendido criação de frente antiterrorismo.

Em 14/02/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

O presidente russo, Vladimir Putin, e o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, concordaram em intensificar a cooperação diplomática e de outras naturezas para chegar a um acordo sobre a Síria, informou o Kremlin neste domingo (14).

As principais potências acertaram na sexta-feira um plano temporário para "cessar hostilidades" na Síria. A pausa deve começar no prazo de uma semana.

Depois de conversas telefônicas entre Putin e Obama neste domingo, o Kremlin informou que ambos fizeram uma "avaliação positiva" sobre a reunião sobre a Síria em Munique, nos últimos dias 11 e 12.

"Em particular, um apoio foi dado aos esforços em dois alvos principais: para cessar-fogo e aspectos humanitários", informou o Kremlin.

O Kremlin acrescentou que, durante as negociações, a necessidade de estabelecer contatos estreitos de trabalho entre os ministério da defesa da Rússia e dos EUA foi destacada, que lhes permitam "combater com êxito o Estado Islâmico e outras organizações terroristas."

O Kremlin também informou que Putin falou com Obama sobre a importância da criação de uma frente antiterrorismo. Eles também discutiram a situação na Ucrânia.
 

Encontro sobre a Síria
As grandes potências concordaram na sexta-feira (12, no horário local) com um plano destinado a quebrar o impasse na Síria através da introdução de um fim gradual das hostilidades e de ajuda humanitária rápida, de forma a criar condições para a retomada das negociações de paz. O grupo, porém, não estabeleceu uma data para um cessar-fogo completo.

O acordo surgiu a partir de um encontro realizado nesta quinta-feira (11) em Munique, na Alemanha, do Grupo Internacional de Apoio à Síria, do qual participam representantes dos Estados Unidos, da Rússia e de outros 12 países.

Segundo o secretário de Estado americano, John Kerry, o acordo determina a "cessação de hostilidades" na Síria, a começar em uma semana. A medida não inclui os ataques contra o Estado Islâmico ou outros gupos terroristas que atuam na Síria.

Divergências
O anúncio do acordo não significa o fim das divergências entre as potências sobre o caminho para a paz na Síria.

Kerry cobrou a saída do presidente Bashar al-Assad, ao dizer que "sem transição política, não é possível alcançar a paz." A Rússia, entretanto, não mostrou até o momento interesse em que o governante deixe o poder, segundo diplomatas.

O chanceler russo, Sergei Lavrov, também ressaltou que o país vai manter os ataques áreos em território sírio que, segundo Moscou, têm como alvo o Estado Islâmico e outros grupos terroristas. Para os EUA, entretanto, esses golpes têm atingido grupos de oposição a Assad e que são apoiados por países ocidentais.

O ministro das relações exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, afirmou que os Estados Unidos e a Rússia devem coordenar de maneira mais próxima as ações militares no país.

Fonte:G1