NEGÓCIOS

Queda forte do preço do petróleo faz Moody´s revisar nota de países exportadores.

A agência confirmou o rating estável Aaa da Noruega e mudou a perspetiva.

Em 05/03/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

A agência de classificação de risco Moody’s colocou em revisão a nota e as perspetivas de 18 países exportadores de petróleo, entre eles, a Rússia, e incluindo Angola, admitindo um corte da nota de classificação de crédito [rating] devido à queda dos preços do petróleo. Em comunicado, a agência norte-americana informou que, para 12 dos 18 Estados soberanos, iniciou revisões para possível baixa da nota de crédito que reflita o “impacto total do choque petrolífero de uma forma sistemática e consistente”.

Os 12 estados em análise, e os respetivos ratings são: Abu Dhabi (Aa2), Angola (Ba3), Gabão (Ba3), Cazaquistão (Baa2), Kuwait (Aa2), Nigéria (Ba3), Papua Nova Guiné (B1), Qatar (Aa2), Rússia (Ba1), Arábia Saudita (Aa3), Trinidad e Tobago (Baa2) e os Emirados Árabes Unidos (Aa2).

Em quatro casos, Azerbaijão (de Baa3 para Ba1), Bahrein (de Baa3 para Ba1), República do Congo (Ba3 para B1), Omã (de A1 para A3), a Moody’s baixou a nota de classificação de crédito e colocou-os em revisão para uma baixa adicional que reflita o impacto mínimo que acredita que a queda dos preços vai ter nos perfis de crédito desses países produtores, e espera concluir todos os comentários no prazo de dois meses.

A agência confirmou o rating estável Aaa da Noruega e mudou a perspetiva de estável para negativa na classificação Caa3 da Venezuela.

Também hoje (5), a Moody’s publicou relatório mais aprofundado sobre os seus pontos de vista e considerações analíticas que impulsionaram as decisões de rating, no qual explica que a queda contínua dos preços do petróleo tem implicações profundas no crescimento econômico, uma vez que o petróleo e o gás são usados para impulsionar o crescimento econômico e financeiro dos estados.

“Dada a importância em termos econômicos e fiscais, a agência de classificação conclui que os perfis de risco de crédito desses estados soberanos exportadores de petróleo estão, portanto, sob pressão crescente”, diz trecho da nota da agência.

Da Agência Lusa