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Quênia promete resposta severa a ataque que matou 148 pessoas em universidade.
Uhuru Kenyatta decretou três dias de luto nacional, pelo ataque de quinta-feira (2).
Em 05/04/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
O presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, prometeu no final do dia de ontem (4) responder “o mais severamente possível” ao ataque à Universidade de Garissa, onde 148 pessoas foram mortas por extremistas islâmicos. Ele assegurou que o seu país “não se curvará” perante a ameaça do grupo somali Al Shebab de "promover um banho de sangue no país".
“O meu governo responderá o mais severamente possível ao ataque e a qualquer ataque que nos tenha como alvo”, afirmou Kenyatta, na sua primeira declaração pública desde que terminou, na sexta-feira (3), a operação das forças de segurança relativa ao atentado. “Apesar da adversidade, nunca nos curvamos e não desistiremos nunca. Continuaremos a construir uma nação próspera e segura”, acrescentou o presidente queniano.
Kenyatta decretou três dias de luto nacional, pelo ataque de quinta-feira (2), que vitimou principalmente estudantes da Universidade de Garissa. “O combate ao terrorismo tornou-se particularmente difícil, pois os que o organizam e financiam estão profundamente inseridos nas nossas comunidades”, disse o presidente. “A radicalização que alimenta o terrorismo ocorre em pleno dia, nas escolas corânicas, nas casas e nas mesquitas com imãs sem escrúpulos”, alertou.
O dirigente apelou para que “todos os quenianos, todas as igrejas e todos os dirigentes” falem “alto e forte a favor da unidade [do país]”, de modo que a sua “cólera, justificada, não leve à estigmatização de ninguém”.
Além dos estudantes, três agentes policiais e três militares morreram no ataque à Universidade de Garissa, localidade do Leste queniano, a cerca de 150 quilômetros da fronteira com a Somália. Os shebab reivindicaram o ataque, o que matou mais pessoas no Quênia desde o atentado à Embaixada dos Estados Unidos em Nairobi, em 1998, que teve 213 mortos. O ataque à universidade foi uma represália à presença militar queniana na Somália desde final de 2011 para combater o grupo fundamentalista.
Agência Lusa