ECONOMIA CAPIXABA

R$ 1 bilhão para o agronegócio do Espírito Santo

Expectativa do Banco do Brasil é de que a produção agrícola do ES seja maior na safra 17/18.

Em 13/07/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Depois de enfrentar os impactos da crise hídrica dos dois últimos anos, a expectativa é de que a agricultura capixaba tenha produção maior na safra de 2017-2018. Prova disso é o aumento de 37% na destinação de recursos do Plano Safra, do Banco do Brasil, que irá disponibilizar, via financiamento, R$ 1,154 bilhão para os produtores rurais do Espírito Santo.

Deste montante, a maior parte irá para a Agricultura Familiar e propriedades de pequeno porte, que vão contar com R$ 537 milhões para financiar a produção. Outros R$ 241 milhões vão para produtores de médio porte e R$ 376 milhões para a agricultura empresarial. No geral, serão distribuídos R$ 668 milhões para custeio, como a manutenção de plantações ou criações de animais, e R$ 486 milhões para novos investimentos.

Também houve redução nas taxas de juros. As taxas mais baixas serão destinadas para quem é atendido no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), com taxas que variam entre 2,5% a 5,5% ao ano.

Para a linha de crédito Pronaf Mais Alimentos, todos os itens passarão a contar com até 10 anos para o pagamento, com até três anos de carência. Exceto para caminhonete de carga, que contará com até 5 anos, e até um ano de carência. Para o Pronaf Custeio, há a inclusão de financiamento envolvendo aquisição de bovinos para recria e engorda, em regime extensivo, com até 2 anos para pagamento.

Os demais produtores terão acesso a financiamentos com juros de 8,5% ao ano. Já para financiamentos de investimentos no campo, a taxa será de 7,5%.

“A crise já passou e foi aumentado os recursos porque o nosso cálculo é de que a produtividade vai aumentar. A agricultura tem um papel muito grande na economia capixaba. Nossa missão é apoiar o desenvolvimento do setor depois desse momento difícil que passamos”, afirma o superintendente estadual do Banco do Brasil, Cassio Benedito Daltoé.

O recurso está disponível para produtores rurais de todas as atividades. Para ter acesso aos financiamentos, basta procurar sua agência do Banco do Brasil. Não há limite mínimo ou máximo para os empréstimos.

O governador do Estado, Paulo Hartung (PMDB), comemorou o aumento do crédito, mas reclamou dos juros. “Caiu, mas poderia cair mais, ainda mais com a taxa Selic diminuindo”, contou.

CRÉDITO PARA RECUPERAÇÃO VEGETAL

Neste ano, o Banco do Brasil também projeta aumentar o crédito para o Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), uma das linhas de financiamento contempladas pelo Plano Safra voltada exclusivamente para a recuperação de matas. A fim de potencializar o reflorestamento do Estado, técnicos do Banco do Brasil irão atuar junto com o Incaper, em visitas a campo, para promover o programa.

VEJA AS LINHAS DE FINANCIAMENTO E AS TAXAS

Pronaf: voltado para a Agricultura Familiar, com taxas entre 2,5% a 5% ao ano.

Financiamento de custeio para demais produtores: taxas de 8,50% ao ano.

Financiamento de custeio no Pronamp: voltado para produtores médios, com taxas de 7,50% ao ano.

Agricultura de Baixo Carbono (ABC): voltado para recuperação de matas. Taxa de 7,50% ao ano.

Programa de Construção de Armazéns (PCA): voltado para melhoramento da infraestrutura de armazenagem, com taxas de 6,50% ao ano.

Inovagro: direcionado para a inovação tecnológica no campo e aquisição de equipamentos de precisão, com taxas de 6,50% ao ano.

Moderfrota: aquisição de tratores, colheitadeiras, plataformas de corte, plantadeiras e demais equipamentos, com taxas entre 7,50% a 10,50% ao ano.

Prodecoop: voltado para a modernização dos sistemas produtivos de cooperativas. com taxas de 8,50% ao ano.