ECONOMIA CAPIXABA

R$ 26 milhões: Sefaz identifica vendas de celulares por laranjas

Os R$ 26 milhões foram movimentados por 21 empresas, do início do ano passado até agora.

Em 23/02/2022 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Foto: Divulgação/SEFAZ

Além das empresas laranjas, a Operação vistoriou lojas e distribuidoras de celulares localizadas em Vitória e Vila Velha, onde foi feita a apreensão de 221 celulares smartphones, entre outros equipamentos eletrônicos.

Auditores fiscais da Secretaria da Fazenda (Sefaz) identificaram, nesta quarta-feira (23), a movimentação de R$ 26 milhões em vendas de telefones celulares, todas realizadas por empresas laranjas. O esquema ilegal foi constatado durante a operação "Ligação Obscura", focada na venda de telefones celulares sem notas fiscais. 

Os R$ 26 milhões foram movimentados por 21 empresas, do início do ano passado até agora. A maior parte das empresas está localizada na Grande Vitória. São quatro em Cariacica, três em Vila Velha, três na Serra e duas em Vitória. "Foi verificado que as empresas faziam a emissão de notas fiscais falsas para que outras lojas fizessem a regularização da mercadoria", explicou a auditora fiscal da Receita Estadual, Mila Nogueira Dessaune, que participou da ação.

"Esse esquema é completamente ilegal. As notas fiscais emitidas pelas empresas laranjas são consideradas documentos inidôneos, portanto falsos", acrescentou Mila Dessaune. As 21 empresas terão suas inscrições estaduais cassadas.

Além das empresas laranjas, a Operação vistoriou lojas e distribuidoras de celulares localizadas em Vitória e Vila Velha, onde foi feita a apreensão de 221 celulares smartphones, entre outros equipamentos eletrônicos, como tablets, relógios e caixas de som. O valor das mercadorias apreendidas gira em torno de R$ 450 mil. Já a multa para as empresas que vendiam os produtos sem nota fiscal vai superar os R$ 150 mil.

"Essa operação ainda terá outros desdobramentos. Vamos checar o histórico de venda das empresas laranjas, analisar com quem elas comercializavam e aumentar as auditorias sobre as companhias que tinham relações comerciais com essas que cometiam as fraudes", disse o auditor fiscal e gerente Fiscal, Arthur Nunes.  (Com informações da Sefaz)

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