CIDADE
Ressaca provoca cratera no calçadão da orla em Mongaguá, SP.
Fenômeno atingiu parte das cidades da Baixada Santista, no fim de semana.
Em 31/10/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
A orla de Mongaguá, no litoral de São Paulo, amanheceu destruída após a ressaca que atingiu as cidades da Baixada Santista durante o fim de semana. A força do mar abriu uma enorme cratera no calçadão da praia.
A ressaca atingiu a cidade no último sábado (29), principalmente, a praia central da cidade. As ondas cobriram a faixa de areia, ultrapassaram a mureta e invadiram a avenida Mário Covas Jr. A força do mar provocou uma enorme cratera no calçadão da orla. O pior trecho é no cruzamento entre a Avenida Governador Mário Covas Jr. e a Rua Benedito Calixto, na Vila São Paulo. O Rio Mongaguá encheu e a água ficou no limite das margens. No bairro Jardim Praia Grande, trechos de calçada foram danificados e alguns postes caíram.
De acordo com a Prefeitura de Mongaguá, a estrutura do calçadão da orla obedece todos os preceitos de engenharia e está alicerçada sobre uma camada de areia, resistente à ação do mar. No entanto, a ação abrupta das ondas sobressaíram-se, de maneira a provocar a erosão.
Ainda segundo a Prefeitura, em um primeiro momento, o calçadão será reconstruído com os devidos instrumentos de acessibilidade à praia. Porém, não há previsão de contar com padronizações de piso e revestimento. O local atingido está devidamente interditado, com sinalização e monitoramento das equipes. Os trabalhos de reconstrução já foram iniciados nesta manhã.
Ressaca na Baixada Santista
A ressaca atingiu e destruiu parte da orla de Santos, no litoral de São Paulo, na tarde desta sexta-feira (28) e sábado (29). Outras cidades da Baixada Santista e também do Vale do Ribeira foram atingidas pela alta da maré. A força da água do mar e o aumento do volume do nível dos rios causaram alagamentos em vários bairros de Bertioga, Guarujá, São Vicente, Itanhaém e Peruíbe, por exemplo.
Os marégrafos da Praticagem de Santos registraram uma maré de 2,40 metros na Ilha das Palmas e de 2,45 metros na Ilha Barnabé na sexta-feira. De acordo com o Núcleo de Pesquisas Hidrodinâmicas da Unisanta (NPH-Unisanta), esses foram os maiores registros desde que se iniciou a coleta de dados nessas regiões há dois anos.
Em relação às ondas, o sensor da Praticagem registrou ondas com 3,19 metros na região da Ilha das Palmas. Durante a madrugada, o pico das ondas foi de 3,07 metros e na manhã de sábado foram registradas ondas de 2,5 metros.
Segundo informações da Prefeitura de Santos, a ressaca destruiu cerca de 5 metros de muretas na Ponta da Praia e menos de 1 metro no Emissário Submarino. Vários barracos no Caminho São José e São Sebastião, na Zona Noroeste, foram alagados pela maré alta. Não houve registro de desabrigados. Quatro canais ficaram assoreados. As redes de drenagem de três canais ficaram entupidas de areia e lama. A Prefeitura de Santos acredita que demorará cerca de um mês para realizar todo o trabalho de limpeza na cidade.
Praias de Guarujá, Itanhaém e Praia Grande foram cobertas pela água do mar. As ondas atingiram os quiosques de algumas praias. Em Peruíbe, a maré subiu na Praia do Centro e no Guaraú, causando também elevação no nível do Rio Preto, que corta vários bairros da cidade. Ruas ficaram alagadas em vários pontos de São Vicente.
Já em Bertioga, a região da orla mais afetada foi o Indaiá, onde a água do mar avançou sobre o jardim, atingindo a vegetação e os quiosques. Alguns postes estavam no Cantão do Indaiá ficaram enterrados na areia. As equipes da Secretaria de Serviços Urbanos estão desassoreando os canais de drenagem para evitar o extravasamento. Nesta segunda, a prioridade é o hidrojateamento da tubulações. O trabalho de limpeza do jardim da orla é manual, com a retirada da areia que invadiu os equipamentos públicos.
Fonte: g1-Santos