ECONOMIA NACIONAL
Retomar confiança é fundamental para recuperar economia, diz presidente do BC.
Para Goldfajn, é fundamental perseverar nos ajustes e na reforma da economia brasileira.
Em 23/09/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, disse na noite de ontem (22) considerar “a retomada da confiança o elemento crucial para a recuperação da economia”, no evento As Melhores da Dinheiro, feito na capital paulista. Para Goldfajn, é fundamental perseverar nos ajustes e na reforma da economia brasileira para reduzir incertezas e oferecer perspectivas de crescimento sustentável, além de uma inflação baixa e estável no futuro.
“Para isso, temos que fortalecer o arcabouço de política econômica que já se mostrou exitoso no passado. Eu me refiro especificamente ao tripé macroeconômico formado por responsabilidade fiscal, que são as reformas, os ajustes fiscais; controle da inflação, que é nossa busca da meta; e o regime de câmbio flutuante, que permite que o câmbio seja um amortizador de choques”, disse.
No entanto, o presidente admitiu que há ainda desafios internos relevantes no país. “No mercado de trabalho, observamos ainda a continuidade do aumento da taxa de desemprego e há perdas do rendimento real dos trabalhadores, embora em ritmo menor do que no passado recente”.
Balanço do setor público
Goldfajn defendeu ações do governo relacionadas ao balanço do setor público, como a PEC 241, que estabelece o teto de gastos das contas públicas, e a reforma da Previdência. Segundo ele, essas ações são importantes para a retomada da confiança.
Sobre a economia internacional, o presidente do BC acredita que o mundo vive o que chamou de “interregno [interrupção passageira] benigno” para economias emergentes como o Brasil. “Esse cenário oferece simultaneamente condições favoráveis de financiamento e alguma recuperação da atividade global. Isso ocorre porque o ritmo de crescimento da economia global não é forte o suficiente para retirada dos estímulos monetários na maioria das principais economias. Nem é fraco o bastante para desencadear aumento de aversão ao risco dos investidores internacionais com efeitos adversos sobre a disponibilidade de fontes de financiamento ou para empatar a demanda por nosso bens”, disse.
Ascom-BC/EBC