Rio Branco quebra jejum e vence clássico na casa da Desportiva Ferroviária.

Foram mais de três anos, mas o Rio Branco, enfim, conseguiu dar fim a um incômodo jejum no principal clássico do futebol capixaba. Ontem à noite (1), o time capa-preta venceu o seu maior rival, a Desportiva, por 1 a 0, diante de um Engenheiro Araripe lotado e em festa.

E deu a lógica: levou a melhor a equipe que ficou invicta por sete partidas da primeira fase e conseguiu uma classificação bastante antecipada, além de ter vencido 9 dos 10 jogos que disputou até agora. Já o time grená, a duras penas, conseguiu avançar para o hexagonal.
E o gol que tornou feliz a noite Capa-Preta veio dos pés do melhor jogador em campo, o atacante Edu. Ele revelou qual foi o segredo para suas ágeis e inteligentes jogadas, principalmente pelo lado direito. "É meu primeiro clássico jogando pelo Rio Branco e foi especial, ainda mais com essa torcida. É diferente, dá mais vontade de correr, você não consegue parar. É um jogo atípico, difícil, mas soubemos administrar o jogo e graças a Deus saímos com a vitória".
No vestiário depois da partida, os jogadores cantaram "isso aqui não é Tiva, isso aqui é Rio Branco" e também oraram. O técnico Duílio Dias parabenizou o grupo, mas manteve os pés no chão quanto ao resultado do clássico. "Clássico é clássico, tem sempre aquele gostinho, mas são três pontos. Tenho que dar parabéns ao grupo, ao trabalho que vem sendo realizado".
Com os resultados da segunda rodada, o Rio Branco divide a liderança do hexagonal com o Itapemirim, enquanto a Desportiva fica em terceiro lugar.
O duelo já começou com os nervos à flor da pele. Aos quatro minutos, em uma disputa de bola entre Ivan, João Paulo e Myller, o clima esquentou. Houve um princípio de confusão e até os jogadores do banco de reservas do Rio Branco entraram em campo.

Tudo normalizado e o primeiro lance de perigo foi aos 14, com Sharlei, que recebeu cruzamento e chutou para fora na cara do gol. A partir daí só deu Rio Branco. Aos 19, Edu chutou forte de fora da área, Felipe espalmou e Jacaré cabeceou na trave. E o baixinho Edu assustou aos 43, com uma pancada de fora da área também na trave.
Mas o gol só saiu no segundo tempo. Aos três minutos, ele de novo. O zagueiro Leandro tentou tirar, a bola sobrou no pé de Edu, que só ajeitou e bateu de canhota no canto esquerdo do goleiro Felipe. Festa Capa-Preta na casa grená.

GE-ES