POLICIA

Rodney Miranda fala sobre a invasão de homem ao prédio do Prefeitura de Vila Velha (ES).

O vigilante fez o que deveria fazer, afiroua o prefeito Rodney Miranda

Em 25/01/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Após tomar conhecimento do que havia acontecido na sede da prefeitura, na sexta feira (23) o prefeito de Vila Velha, Rodney Miranda, deu entrevista sobre e afirmou que quer apuração dos fatos com rigor, principalmente após ser informado que o criminoso Fernando Cabeção estaria reunindo pistoleiros, em Vila Velha.

O que foi informado ao senhor sobre os fatos?
Conversei com servidores que estavam aqui no momento e eles disseram que o rapaz chegou me procurando, dizendo que queria acertar as contas comigo. O segurança tentou persuadi-lo, mas o rapaz entrou em luta corporal e tentou tomar a arma do vigilante. Na briga, ele fez um disparo de advertência e um segundo que atingiu a cabeça do rapaz.

O senhor estava no prédio?
Ele chegou às 7h30, um horário que eu costumo chegar à prefeitura. Nesta manhã, porém, eu não estava pois saí para cumprir agenda administrativa no bairro Jabaeté, onde uma creche foi inaugurada por nós.

O senhor estava recebendo ameaças?
Eu não recebi ameaças e sequer conhecia esse rapaz. Porém, há cerca de 15 dias, fui comunicado, não só eu como outras autoridades também, que Fernando Cabeção, envolvido com o crime do Juiz Alexandre Martins, estaria cooptando pistoleiros em Vila Velha.
 
Fomos alertados sobre isso pela Secretaria de Justiça (Sejus). Não havia nada direcionado, mas o simples fato dele estar cooptando pistoleiros às vésperas do julgamento da morte do Juiz Alexandre nos chamou atenção. Inclusive, essa informação relata sobre o envolvimento de Cabeção com o PCC (Primeiro Comando da Capital).

Acredita que esse rapaz pode ter sido mandado por Cabeção?
Não coloco aqui que há alguma relação, mas vamos esperar a investigação da polícia. Se há alguma relação entre os fatos.

O senhor se sente inseguro após esta situação?
Foi algo grave o que aconteceu aqui na Prefeitura. Fazemos enfrentamos dentro do município e antes na Secretaria de Segurança. Tomamos algumas precauções, mas não temo e continuo andando armado, afinal, sou policial.

Houve falha na segurança?
Não. O vigilante fez o que deveria fazer. Acompanhou o suspeito, tentou retirá-lo e só atirou quando necessário para se defender. O tiro foi reativo, não foi mirado. A ação do vigilante, para mim, foi totalmente em legítima defesa. Ele tentou evitar o embate desde o térreo. Só houve esse desfecho, devido ao posicionamento agressivo deste indivíduo. O vigilante não tinha outras alternativas a não ser atirar.
Entrevista concedida ao GazetaOnline no último dia 23 de janeiro de 2015.