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Rodoviários cruzam os braços e ônibus não circulam no Espírito Santo.

Os terminais rodoviários amanheceram vazios e os pontos de ônibus cheios de passageiros.

Em 09/02/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

A greve dos rodoviários da Grande Vitória começou nesta segunda-feira (9), como anunciou a categoria. Os terminais rodoviários amanheceram vazios e os pontos de ônibus ficaram cheios de passageiros que esperavam por algum coletivo. Um grupo de cobradores e motoristas estava reunido, por volta de 5h30, em frente a uma garagem de ônibus em Cariacica. Um dos diretores do Sindirodoviários, João Luis Alves, afirmou que 100% da frota está parada.

Eles reivindicam outro plano de saúde, pois alegam que o atual tem um custo elevado demais para os trabalhadores. Cartazes foram colados no vidro dianteiro dos coletivos informando que os rodoviários estão em 'estado de greve'.

Mesmo antes do início da greve, o Sindicato das Empresas de Transporte Metropolitano da Grande Vitória (GVBus) conseguiu junto à Justiça do Trabalho uma medida cautelar para garantir a circulação de, no mínimo, 70% da frota durante os horários de pico, das 6h às 9h e das 17h às 20h, e 40% nos outros horários.

O presidente do Sindicato dos Rodoviários, Carlos Roberto Louzada, o Maguila, disse neste domingo (8) que não havia recebido nenhuma determinação ou comunicado oficial da Justiça em relação à quantidade de ônibus nas ruas. “Até agora não recebemos nenhum comunicado da Justiça, mas, se recebermos, vamos cumprir o que foi determinado”, afirmou Maguila. A multa para o descumprimento da determinação da justiça trabalhista é de R$ 30 mil por dia.

Duração
Questionado sobre a duração da greve, o presidente do Sindicato dos Rodoviários afirmou que a paralisação será mantida até que o pedido dos trabalhadores seja atendido. A GVBus, por sua vez, informou, por meio de nota, que a negociação sobre plano de saúde só volta à pauta de discussão quando acabar o contrato com a atual prestadora de serviços, o que deve acontecer em 12 meses.

Em resposta, Maguila disse que, se a situação continuar como está, em 12 meses não haverá mais cobradores e motoristas para trabalhar, já que “todos estarão doentes ou mortos”.

Prioridade para linhas troncais
Por conta da greve dos rodoviários, a Companhia de Transportes Urbanos da Grande Vitória (Ceturb-GV) redimensionou a frota do Transcol para atender aos percentuais estabelecidos pela Justiça, que determina a circulação mínima de 70% da frota nos horários de pico e 40% nos demais horários.

Por isso, algumas linhas deixarão de circular e a prioridade será para as linhas troncais, que fazem a ligação entre os terminais de integração. Cinquenta e seis linhas alimentadoras – aquelas que circulam dentro dos bairros – deixarão de circular durante a greve.

As linhas expressas, exceto a linha 519 (T. Carapina/ T. Ibes, via Reta da Penha – Expresso), também não vão circular durante a paralisação dos rodoviários.

Rodoviários entram em greve e semana começa com menos ônibus nas ruas, espírito santo  (Foto: Marcos Fernandez/A Gazeta)
Rodoviários entram em greve (Foto: Marcos Fernandez/A Gazeta)