ESPORTE NACIONAL
Roger agradece carinho da torcida do Botafogo com sua filha.
Na derrota de 2 a 0 para o Avaí, atacante entra em campo com Giulia, que tem o seu nome gritado.
Em 27/06/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
O Botafogo perdeu para o Avaí por 2 a 0 nesta segunda-feira, mas o atacante Roger deixou o Estádio Nilton Santos feliz pelo carinho dos torcedores com a sua filha Giulia. A menina de 11 anos, que é deficiente visual, entrou em campo com o pai e teve o seu nome gritado pelo público presente ao jogo. Em entrevista ao programa "Bem, Amigos!", o centroavante agradeceu o carinho dos brasileiros desde que ela foi tema de uma matéria do programa "Globo Esporte", na última semana e disse que jamais esquecerá das manifestações dos alvinegros.
Roger garantiu que a reportagem tinha como objetivo mostrar para a sua filha como é a sua profissão e ficou surpreso com tantas manifestações. O centroavante lamentou não poder retribuir o carinho dos torcedores com gols e mais uma vitória, mas fez questão de destacar a boa atuação dos catarinenses.
- Realmente foi especial, né? A Giulia nesta semana parou o país. A nossa intenção com essa matéria era só contar para ela como é a minha profissão para ela entender como são os gols. Foi algo extraordinário. Hoje eu me senti muito amado. Às vezes as pessoas esquecem que por trás do atacante Roger, sendo bom ou não, tendo a sua qualidade ou demérito, tem um pai, um marido. Às vezes existem coisas que marcam as nossas vidas. A atitude da nossa torcida marcou a minha família, marcou a minha vida. A atitude do povo brasileiro também nesta semana, eu quero agradecer a todos por todas as mensagens, todas as torcidas. Ela realmente se sentiu amada, se sentiu uma querida, muito especial. Eu estou muito grato a Deus por tudo que passamos nesta semana. Gostaria de ter coroado com vitória, com gols, essa festa linda do nosso torcedor. Mas isso é o futebol. Ele é bacana porque prega essas coisas. É importante que a gente saiba perder e reconhecer que o Avaí fez um grande jogo, mas no meu caso foi uma noite inesquecível. Nunca mais essa imagem, aquele canto, a minha filha chorando dentro do estádio. Isso marcou a minha história, com certeza.
Na matéria, a menina, que é deficiente visual desde que nasceu, recebe das mãos do narrador Luis Roberto um quadro em alto relevo para que ela pudesse sentir como foi o gol do camisa 9 contra o Sport, lance que garantiu a classificação do time carioca para as quartas de final da Copa do Brasil. Emocionada, ela também fez questão de agradecer o carinho dos torcedores do Botafogo.
- Foi muito emocionante. Pude sentir o carinho que a torcida tem por mim. Já sou botafoguense, de coração agora. Eu fiquei emocionada, deu vontade de chorar um pouquinho porque foi muito lindo. Eu falei "Pai, não acredito que está acontecendo isso". Um beijo para toda torcida do Botafogo. Eu amo vocês! - disse Giulia