ESPORTE NACIONAL
Rogério Ceni se alegra por estar jogando em alto nível.
Tem chance de ser campeão, seu desempenho não caiu, tanto defendendo, quanto atacando.
Em 19/10/2014 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Aos 41 anos, Rogério está cada vez mais próximo da aposentadoria. No Campeonato Brasileiro, faltam nove jogos. Se a equipe garantir vaga na decisão da Copa Sul-Americana, serão mais seis. Ou seja: 15 partidas para o fim. O que deixa o camisa 1 feliz é que, além de ainda ter chance de ser campeão, seu desempenho não caiu: tanto defendendo, quanto atacando.
Debaixo das traves, Ceni tem cumprido bem sua obrigação, com boas defesas. Nas cobranças de faltas e pênaltis, ele igualou, contra o Bahia, no último sábado, o terceiro melhor ano da carreira em termos de gols. São 10 na temporada, o mesmo número que havia marcado em 2007, ano do bicampeonato brasileiro. Ele só fez mais em 2006 (16 gols, ano do primeiro brasileiro) e em 2005 (21 gols, ano do tri da Libertadores e do tri mundial).
No total, são 123, o que o deixa na 11ª colocação na lista de maiores artilheiros do clube. Com mais cinco, ele alcança Raí e entra na lista dos dez maiores goleadores.
- Fico contente. (Contra o Bahia) foi o primeiro gol de falta do ano. Só em três temperada é que cheguei aos dois dígitos em número de gols. Espero que ainda possa ajudar. Fico contente porque no final (da carreira) você perde força muscular, perde precisão. Tenho trabalhado muito e a sorte tem me acompanhado. Fico feliz de ainda estar ajudando nas vitórias - afirmou.
Rogério comentou também sobre as manifestações dos torcedores que, logo após o gol de falta, começaram a gritar para o goleiro repensar sua aposentadoria.
- Fico feliz, seria pior se fosse ao contrário (risos). Falando sério, mostra que você fez algo bom. Tomara que esse grito possa aumentar, é sinal do reconhecimento de um trabalho, você se torna mais feliz. Tudo na vida tem um fim, não tem jeito, chega a hora. Ninguém está preparado para parar. Acho que o dia simplesmente chega e você tem de saber conviver a partir daí - disse.
O ano não tem sido bom só dentro de campo. Ceni tem conseguido participar da grande maioria dos treinamentos e jogos e tem conseguido evitar as lesões.
- Quanto mais o tempo passa, é natural o desgaste aumentar. Está sendo um ano muito trabalhoso na parte da fisioterapia. Estou buscando um equilíbrio para que possa sempre me cuidar, mas também possa estar o maior tempo possível no campo. Garanto que está sendo um ano de muito prazer. Não quero desacelerar antes do ultimo treino, do último jogo.
A alegria de voltar a marcar e ver o São Paulo vencer é misturada com a tristeza pela proximidade do final, o que faz Rogério Ceni sofrer. Contra o Huachipato, no Chile, na última quarta-feira, ele fez uma preleção emocionada, pedindo a vitória aos companheiros para seguir com a chance de terminar a carreira com chave de ouro, levantando mais um troféu.
- Tudo que falei ali é a mais pura verdade. São 41 anos de idade com 24 anos vividos aqui. Para mim é emocionante, está diminuindo o número de jogos que poderei vestir essa camisa. Queria trocar com alguém mais novo para ganhar mais alguns anos, mas isso não é possível. Por isso, que não quero de jeito nenhum perder a chance de ganhar a Copa Sul-Americana - finalizou.
Por GE