Rolezinho de Doria distrai jovens, mas não zera abuso de álcool.

A Prefeitura promoveu neste domingo (9) uma série de atividades com atrações artísticas, esportivas, culturais e educacionais, além de apresentações de vídeos educacionais durante os chamados “rolezinhos”.

Nas portarias, guardas civis metropolitanos abordavam quem chegava a pé e obrigavam os pedestres a abrir bolsas e mochilas para revista, enquanto quem chegava de carro passava sem ser incomodado pela vigilância.

No final da festa, porém, a reportagem do G1 fotografou um jovem que vomitava do lado de fora do banheiro masculino. E uma frequentadora foi levada de ambulância para um hospital sob suspeita de coma alcoólico.

A programação cultural pareceu agradar os adolescentes. Uma disputa de MCs atraiu centenas de jovens. Ali perto, um campeonato de dança com organização oficial também teve adesão de dezenas de frequentadores.

No balanço final do dia, duas pessoas foram atendidas, uma na própria ambulância e outra levada para o hospital. A vigilância apreendeu um narguile, 96 garrafas de vinho, 16 energéticos, 52 destilados e 21 latas de cerveja. Um homem que estava com três facas de açougueiro foi conduzido ao 27º distrito policial.

O secretário municipal do Meio Ambiente, Gilberto Natalini, disse que esse foi o quinto domingo de fiscalização da entrada da bebida. "No primeiro domingo recolhemos 700 garrafas. No domingo passado, foram 80", afirmou.

"Está diminuindo gradativamente o número de garrafas apreendidas e também o número de casos de embriaguez grave. No primeiro domingo que nós viemos, foram 16 casos, sendo quatro comas alcoólicos. No domingo passado, praticamente não teve nenhum coma. Teve um caso de embriaguez", afirmou.

Natalini destacou que neste domingo foi o primeiro dia em que a gestão municipal "entrou com uma ação organizada, afirmativa, na área cultural, na área de educação ambiental e na área esportiva."

Moradores no Jardim Ângela, na Zona Sul, os amigos Jonas Lisboa, de 17 anos, Robson Conceição, 20, e Fernandes Padilha, 17, acharam a revista da bolsa uma medida acertada.

“A ideia é boa porque previne acidentes com bebida. Melhora para nós tudo. Aqui tem muito assalto ", disse Robson.

Jean Carlos Figueiras, de 18 anos, que também teve de abrir a sacola para revista, achou a ideia positiva. "Achei mais seguro para eles verem como as pessoas estão entrando. Se tiver alguma coisa errada eles abordam e já cortam isso", afirmou.