ECONOMIA NACIONAL

Salário atrasado? Veja 11 passos para organizar as finanças.

Reflexo da crise econômica, a situação gera dor de cabeça aos trabalhadores.

Em 06/01/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Servidores públicos e funcionários de empresas privadas sofrem com o atraso do pagamento de salários. Reflexo da crise econômica, a situação gera dor de cabeça aos trabalhadores, portanto é preciso tomar algumas ações para evitar entrar e/ou minimizar os efeitos de uma bola de neve financeira.

Veja abaixo 11 orientações para organizar as finanças:

  1. Faça uma faxina financeira – Esse é o momento para refletir sobre as prioridades em seu cotidiano, visando garantir o que é realmente fundamental. Sabia que, em média, 25% dos nossos gastos são com supérfluos? As pessoas sempre dizem que não têm mais cpmo reduzir as despesas, mas, depois, quando fazem uma análise, observam que é possível. É preciso realizar um diagnóstico de sua vida financeira por 30 dias, anotando tudo o que gasta por tipo de despesa, até mesmo cafezinhos e gorjetas. Assim, verá uma realidade muito diferente do que imagina. Mas ressalto que não se deve virar escravo dessa anotação, pois, quando vira rotina, perde a eficácia. 
  1. Reduza despesas – Analise os pacotes que contrata, como planos de celular, TV à cabo e planos de academia, na intenção de reduzir os custos e aliviar o orçamento. O mesmo vale para o consumo de água, energia elétrica e gás, é importante reduzir para evitar a possibilidade de não conseguir arcar com as contas altas. 
  1. Procure reaver valores – É válido buscar valores que possa reaver, como de programas de retorno de impostos em compras, e cobrar dívidas de quem esteja lhe devendo. Neste momento, é importante fazer o que estiver ao seu alcance para ter dinheiro “em caixa”. 
  1. Busque fontes de renda extras – Por mais que não seja em sua área de atuação, busque fontes alternativas de ganhos. Em momentos assim toda renda-extra é bem-vinda, portanto considere colocar em prática seus talentos e habilidades. 
  1. Procure saber a previsão de pagamento – É válido procurar o RH da empresa e verificar qual é a previsão de pagamento do salário, para ter uma expectativa. É importante também verificar se há a possibilidade de a empresa demitir funcionários ou mesmo fechar, para que consiga traçar um planejamento de ações para os próximos meses, visando a mudança de empresa e recolocação rápida no mercado de trabalho. 
  1. Converse com quem deve – É interessante buscar os credores e ser o mais franco possível, mostrar que não quer se tornar inadimplente, mas que também não possui condições de pagamento, buscando assim diminuir os juros e alongar os prazos de pagamento.

  2. Evite liquidar suas reservas – Caso tenha construído uma reserva financeira ao longo dos anos de trabalho, evite liquidar o valor reservado. Caso seja preciso resgatar parte do valor, dê preferência ao pagamento de dívidas essenciais (como de água, energia elétrica e gás) e as que têm bens de valor atrelado, como casa e carro. 

  1. Fuja dos exploradores – Infelizmente, por mais que seu momento seja crítico, existem pessoas mal-intencionadas prontas para se aproveitarem dos seus temores. Não permita abusos; muitos tentarão tirar proveito de sua fraqueza para tentar obter vantagens. Evite promessas e garantias descabidas. Às vezes, é melhor estar com o nome sujo do que ser explorado pelas pessoas. 
  1. Evite usar ferramentas de crédito – Cartões de crédito, cheque especial, cartão de lojas e outras ferramentas de crédito fácil devem ser evitados mesmo em caso de emergência, pois, caso não consiga pagar esses valores no futuro, os juros serão exorbitantes, criando um caminho de difícil volta. 
  1. Trace um planejamento para quando receber – Se estiver endividado, por mais que pareça correto querer quitar as dívidas, é preciso considerar a perspectiva para os próximos meses. Usar tudo o que receber pode ser um erro, pois estará sob o risco de ficar sem receitas para cobrir gastos à frente. 
  1. Crie uma reserva emergencial Quando o salário voltar a ser pago, procure guardar dinheiro para caso a situação volte a acontecer e, eventualmente, para investir também em cursos e mudar de empresa. Antes de tomar qualquer atitude, entretanto, é preciso estabelecer uma estratégia, evitando ações precipitadas.

Por Reinaldo Domingos. Doutor em educação financeira, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin) e da DSOP Educação Financeira e autor do best-seller Terapia Financeira, do lançamento Diário dos Sonhos e da primeira Coleção Didática de Educação Financeira do Brasil.