MOTOR
Seguir dicas que passam por gerações pode prejudicar o carro.
O tempo passa e a tecnologia dos automóveis aumenta, mas algumas coisas demoram a mudar.
Em 09/06/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
O tempo passa e a tecnologia dos automóveis aumenta, mas algumas coisas demoram a mudar. Hábitos e vícios ao volante são, em sua maioria, transmitidos ao longo das gerações e permanecem os mesmos. Existem costumes que um dia já foram adequados, quando os sistemas de funcionamento dos veículos ainda não eram eletrônicos. Entretanto, hoje não fazem mais sentido e podem até prejudicar o carro.
Para muitos, ainda é preciso aquecer o motor antes de dar a partida, por exemplo. Mas, de acordo com o técnico da Tai Motors Daniel Nascimento, isso já não é necessário.
“Os automóveis mais novos têm um sistema automático que programa previamente as dosagens necessárias de ar/combustível e a lubrificação. Ou seja, quando acionado, o veículo já está pronto para funcionar adequadamente”, afirma.
Tradições
O supervisor de vendas da Tai Motors, Vanderlei Magalhães, alerta que os motoristas têm de tomar cuidado ao seguir as “dicas do vovô”.
“Nos últimos anos, a tecnologia automobilística se desenvolveu muito, e cada vez mais os sistemas dos carros funcionam a partir de circuitos eletrônicos. Um hábito comum antigamente era lavar o motor, e isso, hoje, não é mais aconselhado, pois a água, em contato com o módulo de injeção do veículo, pode queimá-lo”, lembra.
Vanderlei aponta, ainda, outros comportamentos que atravessam gerações, mas que não podem acontecer ou já não são mais necessários. Alguns exemplos são limpar a lataria com querosene, fazer o carro pegar no tranco, acelerar antes de desligar o veículo e alcançar grandes velocidades para “desamarrar” o motor.
“Muitas pessoas acreditam que os automóveis que saem zerados da concessionária precisam ser amaciados, e acabam por acelerar demais com a intenção de liberar a potência, o que pode até resultar na queima da bobina”.
Alerta
Outro conselho tirado do fundo do baú é de que descer ladeiras em ponto morto resulta em economia de combustível. Essa prática, além de perigosa, não funciona e pode até ter efeito contrário.
“Nos automóveis com injeção eletrônica, não há economia, e o consumo pode até aumentar. Além disso, em veículos novos e antigos, há sobrecarga do sistema de freios e risco de acidentes. Para economizar nessas situações, a dica é deixar a marcha mais alta engatada e não acelerar”, orienta Nascimento.
Fonte: Vera Caser