SAÚDE
Segunda etapa da vacinação contra HPV começa nesta terça (01).
O HPV é uma família de vírus que causa diversas doenças.
Em 01/09/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Tem início nesta terça-feira (1º) a segunda etapa da vacinação contra o papilomavírus humano (HPV). A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) orienta as meninas que receberam a primeira dose da vacina em março a buscarem uma unidade de saúde municipal para dar continuidade ao esquema vacinal, que é composto de três doses.
A vacina contra HPV, que recentemente passou a integrar o calendário de imunização de crianças e adolescentes meninas, está disponível ao longo de todo o ano nas unidades de saúde, mas no mês de setembro haverá intensificação da vacinação. A estratégia de vacinação nos municípios capixabas será mista, ou seja, nas escolas públicas e particulares e nas unidades de saúde. Segundo a coordenadora do Programa Estadual de Imunizações, Danielle Grillo, essa estratégia ajuda a garantir uma maior cobertura vacinal porque facilita a adesão das meninas.
Danielle Grillo ressalta que os pais que não quiserem que a filha seja vacinada na escola devem assinar um termo de recusa, o que não impossibilita que a menina receba a vacina posteriormente numa unidade de saúde.
Na maioria das vezes, o papilomavírus humano é sexualmente transmissível e é de fácil transmissão, por isso o ideal é que a vacina seja aplicada antes do início da vida sexual. Isso não significa, conforme ressalta a coordenadora do Programa Estadual de Imunizações, que haja um estímulo ao início da vida sexual. “Estudos desenvolvidos nos Estados Unidos mostram que o período em que as meninas imunizadas iniciam a vida sexual não é diferente do daquelas que não receberam a vacina”, argumenta.
Outros estudos, segundo ela, apontam que o melhor momento para administrar a vacina contra o HPV é na faixa etária de 09 a 13 anos. Isso porque nessa fase da vida a vacinação induz o corpo a produzir níveis muito mais altos de anticorpos do que a imunidade natural produzida pela infecção do papilomavírus humano.
Danielle Grillo ressalta que o HPV é uma família de vírus que causa diversas doenças. Além do câncer de colo de útero, provoca câncer de vagina, vulva e ânus. Ela diz que existem mais de 150 tipos de papilomavírus humano e que a vacina oferecida na rede pública de saúde protege contra os quatro responsáveis pela maior parte das doenças: dois causam 90% das verrugas genitais e os outros dois provocam cerca de 70% dos casos de câncer de colo do útero.
Público-alvo
As meninas de 9 até 13 anos que ainda não receberam a primeira dose da vacina contra HPV devem buscar uma unidade de saúde para serem imunizadas. E caso ela não tenha tomado a segunda dose, poderá ser vacinada mesmo que já tenha completado 14 anos.
Para o público de 09 a 13 anos, a vacinação contra HPV segue o esquema 0, 6, 60, ou seja, a segunda dose é administrada seis meses após a primeira e a terceira dose é aplicada cinco anos (60 meses) depois da primeira.
Danielle Grillo lembra que a vacinação também é voltada para as garotas e mulheres soropositivas de 09 a 26 anos. Elas podem receber a vacina no Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE), que funciona anexo ao Hospital Estadual Infantil de Vitória. Quem mora no interior, pode solicitar a vacina em uma unidade de saúde. Em ambas as situações é preciso apresentar prescrição médica.
No caso das meninas e mulheres soropositivas, o esquema vacinal é mais curto: 0, 2 e 6. Assim, a segunda dose deve ser administrada dois meses após a primeira e a terceira dose precisa ser tomada seis meses após a primeira.
Efeitos colaterais
Segundo Danielle Grillo, a recomendação é que as meninas recebam a vacina sentadas e que sejam observadas por 15 minutos após a vacinação. Ela explica que pode ocorrer uma reação de ansiedade pós-vacinação, causando sensações semelhantes à de estar em local com grande aglomeração de pessoas ou ficar em jejum por muito tempo.
“Os efeitos colaterais podem ser causados pela ansiedade do momento. O medo da agulha, a aglomeração, ficar em pé por tempo prolongado, pode acarretar reação. Por isso a orientação é não vacinar as meninas em pé”, detalha a coordenadora do Programa Estadual de Imunizações.
Fonte: Secom/ES