POLICIA
Segurança é reforçada para julgamento da morte de juiz no ES.
Controle será do Batalhão de Missões Especiais e da Segurança Judiciária.
Em 21/08/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Funcionários, alunos e quem precisar visitar a Universidade de Vila Velha (UVV), na Grande Vitória, na próxima semana irão enfrentar um rigoroso esquema de segurança. No local será realizado o julgamento de dois dos acusados de mando da morte do juiz Alexandre Martins de Castro Filho.
O julgamento começa na próxima segunda-feira (24) e a previsão é de que dure cerca de cinco dias. A audiência só foi marcada depois que nove juízes titulares das varas de Vila Velha se deram como impedidos de julgarem o caso.
A presidência do Tribunal de Justiça do Espírito Santo indicou então o juiz Marcelo Soares Cunha, da 2ª Vara Criminal de Cariacica. Em nota, o TJ-ES informou que o juiz disse que sabe que esse será um julgamento polêmico.
A universidade informou que as aulas e as atividades acadêmicas serão mantidas, normalmente, durante a semana. Mas, para ter acesso ao campus Boa Vista, através das suas portarias, será imprescindível a apresentação de documentos.
Dos alunos da UVV será exigido a carteirinha estudantil e, dos funcionários e colaboradores, será pedido crachá funcional. Para as demais pessoas será imprescindível a apresentação de documento com foto.
A universidade destacou que está cedendo o espaço para a realização do júri, a partir de solicitação feita pelo juiz Marcelo Soares Cunha. A responsabilidade pela segurança, tanto nas imediações do cineteatro, bem como o acesso à região, será de responsabilidade e controle do 4º Batalhão da Polícia Militar, do Batalhão de Missões Especiais e da Segurança Judiciária.
Vão sentar no banco dos réus o coronel aposentado da Polícia Militar Walter Gomes Ferreira e o ex-policial civil e empresário do ramo de granito, Claudio Luiz Andrade Baptista, o Calu. O júri será realizado no cineteatro da UVV na segunda-feira, a partir das 9 horas.
Nesta quinta-feira (20), os advogados de Calu, Leonardo Picoli; e de Ferreira, Francisco de Oliveira, informaram que não pretendem apresentar nenhum outro recurso que possa resultar no adiamento do júri. Ambos vão utilizar o espaço do próprio júri para realizar suas contestações. Calu destacou que está pronto. “Volto a afirmar, quero ser julgado”, disse. Na mesma condição está Ferreira, informou seu advogado. “Ele está confiante”, disse.
ulgamento
Os sete jurados escolhidos, que formam o conselho de sentença, ficaram sentados do lado direito da sala.
Eles serão escolhidos entre um grupo de 25 pessoas. Ao todo, 200 lugares estarão disponíveis no salão do juri.
Os interessados em assistir ao julgamento deverão pegar senha, que será distribuída a partir das 8h.
Caso
No dia 24 de março de 2003, o juiz Alexandre Martins de Castro Filho, de 32 anos, foi assassinado com três tiros quando chegava a uma academia de ginástica, em Itapoã, Vila Velha.
Ele tinha acabado de estacionar o carro e foi baleado na rua. Testemunhas contam que olharam da janela da academia ao ouvirem os tiros e viram uma pessoa na moto e uma outra pessoa atirando.
Alexandre integrava a missão especial federal que, desde julho de 2002, investigava as ações do crime organizado no estado. O Ministério Público do Espírito Santo acredita na hipótese de crime de mando.
Fonte: G1-ES