Semana foi de adaptação para alunos das Escolas em Tempo Integral

Os 1.200 alunos das três novas Escolas Municipais de Ensino Fundamental em Tempo Integral de Vitória (Emefti), inauguradas nesta semana, foram recepcionados por alunos de Pernambuco, um dos estados que são referência na modalidade, a convite do Instituto de Co-Responsabilidade pela Educação (ICE), um dos parceiros técnicos do programa em Vitória.

Os veteranos explicaram de forma lúdica como funcionará o modelo educacional e ensinaram como serão trabalhados os quatro pilares da educação. O “ser”, que ensina como ser educado, compreensivo, amigo, paciente tanto na escola quanto na família. O “conhecer”, em que é ensinado oportunidades de conhecer a si próprio, familiares, escola e amigos, nesse sentido também se aplica o terceiro pilar que é o “conviver” em harmonia nos mesmos meios, e o “aprender a fazer”, que ensina como fazer as tarefas e outras atividades da escola e em casa.

Para a veterana de Pernambuco, Gildsey Santos Côrrea, 23 anos, o modelo de ensino foi um divisor de águas na sua formação. “Sou ex-aluna dessa metodologia e posso dizer que fez muita diferença na minha vida. Acredito que por causa do ensino diferenciado consegui ingressar e me formar em uma Escola Técnica em Química e chegar ao último ano da faculdade federal de Química Industrial”, afirmou Gildsey.

A estudante Caroline Ramos do Monte de Lima, 19 anos, também coleciona aprovações no modelo de ensino em tempo integral. “Passei em duas faculdades federais, uma estadual e uma particular com bolsa de 100%. Sem dúvida, devo o meu sucesso ao formato em tempo integral. Não só pelo tempo em que permaneci na escola, mas em todos os aspectos da minha vida aprendi a ser ética e responsável. A proximidade e o incentivo constante dos professores nos motivam e levam a frente nossos sonhos, destacou.

A aluna da Emefti Moacyr Avidos, na Ilha do Príncipe, Maria Clara Medeiros, tem 12 anos e disse estar empolgada e curiosa para conhecer como o projeto vai funcionar na prática. “Os professores nos explicaram como serão as aulas, mas estou empolgada com a novidade. Com certeza, o projeto vai contribuir muito na minha vida profissional”, afirmou Maria Clara.

A professora Kátia Polette, da Emefti Anacleta Schneider Lucas, na Fonte Grande, não escondeu a satisfação. "Acabou a correria das duas cadeiras, de sair correndo de uma escola para dar aula em outra. Só de saber que vou trabalhar em tempo integral na mesma escola, com apenas uma turma durante todo o ano, para trabalhar com liberdade o projeto que desenvolvi para aquele grupo, é o sonho de todo profissional", comentou.

A mãe do Thiago Rocha Miranda, Vera Lúcia Miranda fala da sua expectativa com a novidade. “Eu e meu filho estamos ansiosos com o novo modelo. O importante desse trabalho é que não será cansativo. As aulas são bem distribuídas, então ele não achará que ficar na escola o dia inteiro é algo chato, pelo contrário, acredito que abrirá a mente dele”, ressaltou.

Os diretores das três escolas contempladas não conseguem disfarçar a felicidade, como pode ser percebido no relato da diretora da Emefti Anacleta Scheneider Lucas, Marluce Vieira. “Esse projeto vem atender um desejo dos professores que se preocupavam muito com a condição das crianças e também a facilidade de ficar na mesma escola. Estamos acreditando muito nesse projeto. Estamos tendo muito apoio, uma infraestrutura pedagógica para atender, excelente. Os alunos estão saindo felizes da escola”, salientou Marluce.

Cooperação técnica
A implantação da Escola de Tempo Integral em Vitória acontece por meio de acordo de cooperação entre a Prefeitura de Vitória, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Seme), e o Movimento Espírito Santo em Ação, o Instituto Fucape de Tecnologias Sociais (IFTS), o Instituto Natura, o Instituto De Co-Responsabilidade Pela Educação (ICE) e o Instituto Qualidade no Ensino (IQE).

Fonte:PMV