EDUCAÇÃO
Servidoras da Sedu são exoneradas após desvio de R$ 660 mil no ES.
As mulheres trabalhavam no setor financeiro da secretaria.
Em 22/10/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Três servidoras da Secretaria de Educação do Espírito Santo (Sedu), duas comissionadas e uma em designação temporária (DT) foram exoneradas após o desvio de R$ 660 mil da pasta, segundo o governo. As mulheres trabalhavam no setor financeiro da secretaria.
Uma ação conjunta da Secretaria de Estado de Controle e Transparência (Secont) com a corregedoria da Secretaria do Estado de Educação descobriu um esquema de fraudes em um dos processos da Sedu.
De acordo com o secretário da Secont Eugénio Ricas, as servidoras adicionaram uma conta, sem autorização, ao cadastro de uma empresa que já presta serviços para a Sedu. A partir daí, foram emitidas três ordens de pagamento.A primeira foi efetivada, na conta verdadeira da empresa, que já presta serviços à Sedu. A segunda foi cancelada. E, ainda, uma terceira, foi paga novamente, mas em uma outra conta cadastrada em nome da mesma empresa.
Para o secretário da Secont, Eugênio Ricas, o cancelamento pode ter sido uma forma de, caso questionadas, as servidoras poderem se defender alegando que não houve segundo pagamento.
Mas, como entende Ricas, “o cancelamento demonstra o dolo”, a intenção de tentar esconder a ação criminosa.
A fraude foi descoberta durante uma auditoria de rotina da corregedoria da Secont. Como o sistema é informatizado fica registrado o que cada funcionário faz nele.
O corregedor da Sedu, Tarcísio Bobbio, explica que agora “concluído o relatório da auditoria, tem-se base para começar uma sindicância”.
Ricas acredita se tratar de “uma quadrilha de estelionatários que captou servidores da Sedu”. Ele também não descarta a possibilidade de ter acontecido o mesmo em outras secretarias, com a participação de outros servidores.
As servidoras devem ser ouvidas na próxima semana. O caso foi enviado para o Nuroc que poderá rastrear o destino do dinheiro desviado e realizar as prisões caso necessário.
Fonte: g1-ES