ECONOMIA NACIONAL
Setor agropecuário prevê faturamento de R$670 bilhões em 2020
Não faltará carne no mercado brasileiro, diz CNA.
Em 04/12/2019 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) prevê uma alta de 9,8% na receita do setor em 2020, na comparação com 2019. A expectativa é que o Valor Bruto de Produção (VBP), índice que mede a receita “dentro da porteira”, totalize cerca de R$669,7 bilhões. Para o Produto Interno Bruto (PIB) do setor a previsão é de um crescimento de 3% em 2020.
De acordo com a entidade, o carro-chefe do faturamento será a agropecuária, com previsão de crescimento de 14,1%, equivalente a R$ 265,8 bilhões. Na avaliação da CNA, a perspectiva de aumento da produção fará com que 2020 seja considerado “o ano do setor”.
No caso da carne bovina, a expectativa é de expansão de 22,2% no VBP, atingindo receita de R$129,1 bilhões. Já para os suínos, espera-se aumento de 9,8% do VPB. A pecuária de leite deverá crescer 7,5% o VPB; e o frango, 7,1%.
De acordo com o superintendente técnico da CNA, Bruno Lucci, “o produtor [de carne] vai reagir, estimulado pelo preço, e investirá em tecnologia pare ganhar em escala”. Segundo ele, com isso, “não faltará carne no mercado brasileiro”.
Em 2020, o VBP da gricultura deverá crescer 7,2%, alcançando R$403 bilhões. O principal destaque ficará com a soja,com previsão de alta de 14,1%, encerrando o ano agrícola (que vai de agosto a julho) com um lucro de R$ 165,2 bilhões. Este aumento é atribuido ao aumento dos preços e da produção, informa a CNA.
Ao apresentar o balanço de previsões, o presidente da CNA, João Martins, informou que a entidade está preocupada com as desigualdades sociais observadas no setor. “Menos de 10% dos agricultores detêm 84% da renda do setor. Isso mostra que poucos estão se beneficiando da pungência do setor”, alertou.
Para diminuir essa distorção, a CNA pretende facilitar o acesso à assistência técnicas a esses produtores. A expectativa é que esta medida resulte na “criação de uma nova classe média no setor”. - Agência Brasil