EMPREGO & ESTÁGIO

Setor de saúde capixaba criou 4.431 empregos formais em 2024

Foram 4.431 vagas formais, sendo 1.884 postos a mais do que em 2023, um aumento de 8%.

Em 13/02/2025 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Foto: Designed by FREEPIK

O número se refere ao saldo entre admissões e demissões durante o período. Foram criadas 1.884 vagas de carteira assinada a mais do que em 2023.


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O setor de saúde capixaba fechou 2024 com mais empregos formais gerados do que no ano anterior: ao todo, foram 4.431 novas vagas de carteira assinada, sendo 1.884 postos a mais do que em 2023, um aumento de 8%. Os números se referem à diferença entre admissões e demissões. Com isso, o Espírito Santo acumulou um estoque de 59.686 vagas no segmento. 

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Já os municípios que mais criaram empregos no setor de saúde em dezembro foram Serra (79), Vila Velha (42), Guarapari (29), Cariacica (21) e Colatina (17). As análises são do Connect Fecomércio-ES (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo), com informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Queda

Em dezembro, houve leve queda, com um saldo negativo de 40 postos de trabalho em relação a novembro. Essa redução acompanhou a tendência de mercado estadual no setor de serviços, que pode ser explicada pela sazonalidade econômica, um fenômeno que afeta o mercado de trabalho no final do ano, com encerramento de contratos temporários.

Para a coordenadora de pesquisa do Observatório do Comércio, o Connect Fecomércio-ES, Ana Carolina Júlio, enquanto o setor de serviços como um todo sofreu um impacto maior, o mercado na saúde demonstrou maior estabilidade, indicando que a retração de dezembro pode ser apenas um ajuste normal depois de um momento de crescimento contínuo.

“Apesar dessa queda, é importante destacar que o setor vinha registrando crescimento nos meses anteriores. Em setembro de 2024, por exemplo, foram criados 883 novos postos de trabalho, o maior saldo desde janeiro do mesmo ano, de acordo com dados do Caged Saúde – Connect Fecomércio-ES. Dessa forma, a redução observada em novembro e dezembro pode representar um ajuste natural após um período de maior volume de contratações.”

Destaque

O destaque na criação de empregos foi o segmento de atividades de apoio à gestão de saúde, com um saldo de 73 vagas, seguido pelos serviços móveis de atendimento a urgências e remoção de pacientes, que geraram 39 postos.

O setor de apoio à gestão engloba uma série de funções administrativas e operacionais que auxiliam na organização e no funcionamento das instituições de saúde, como hospitais, clínicas e unidades de atendimento. 

Outro destaque da pesquisa é o perfil dos profissionais. Enquanto os homens tiveram um saldo positivo de 52 novas vagas formais, as mulheres registraram um saldo negativo de 92 empregos. 

O saldo também variou conforme o nível de escolaridade. Os maiores foram observados entre trabalhadores com ensino médio completo (24), fundamental incompleto (11) e fundamental completo (8). Já aqueles com ensino superior apresentaram os piores resultados, com saldos negativos de 26 para quem tem superior incompleto e 63 para aqueles que possuem graduação completa. 

Além disso, houve uma tendência de redução nas contratações para faixas etárias mais velhas, com perdas de oito postos de trabalho para pessoas com 64 anos ou mais, e 36 vagas para o grupo de 50 a 64 anos. As faixas de 40 a 49 anos e 30 a 39 anos também apresentaram quedas, com perdas de 69 e 51 empregos, respectivamente. 

No entanto, houve um crescimento nas oportunidades para os mais jovens, com um acréscimo de 22 vagas na faixa de 25 a 29 anos e um aumento de 84 contratações para pessoas de 18 a 24 anos, além de uma leve expansão de 18 vagas para o público até 17 anos. Esses números indicam que a maior parte das oportunidades geradas beneficiou profissionais mais jovens com menor nível de escolaridade. 

Salários na saúde

Já a remuneração média no setor de saúde, de acordo com o levantamento do Connect Fecomércio-ES, varia conforme a atividade desempenhada. Os serviços móveis de urgência e remoção de pacientes apresentam a maior média salarial, de R$ 4.122,09, possivelmente devido à qualificação exigida e ao nível de risco envolvido. O setor de atividades de atenção ambulatorial executadas por médicos e dentistas tem a menor remuneração média, de R$ 2.212,81. O cenário mostra que o setor hospitalar domina em número de trabalhadores e apresenta remuneração acima da média geral. 

Além disso, os salários aumentam conforme o nível de escolaridade cresce, sendo que profissionais com ensino superior ganham significativamente mais do que aqueles com ensino médio ou fundamental. A média geral para ensino superior é de R$ 4.744,89, enquanto para o ensino médio é de R$ 2.678,95 e no ensino fundamental, R$ 1.946,04.

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