ECONOMIA NACIONAL
Setor externo responde por crescimento econômico em 2023
Setor externo foi responsável por dois terços do crescimento econômico de registrado em 2023
Em 01/03/2024 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Segundo dados do IBGE, as exportações brasileiras cresceram 9,1%, puxadas pela desvalorização do real ante o dólar e pela alta do preço das commodities no mercado internacional, que favoreceram os setores da agropecuária e do extrativismo mineral.
Siga o CORREIOCPIXABA no Instagram e concorra a ingressos para o show de Cesar Menotti & Fabiano no Steffen
O setor externo foi responsável por dois terços do crescimento econômico de registrado em 2023, enquanto a demanda interna respondeu pelo restante. Da alta de 2,9% observada no ano passado, 2 pontos percentuais foram puxados pelo comércio com outros países, enquanto 0,9 ponto percentual saiu de consumidores e setor produtivo brasileiros.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as exportações brasileiras cresceram 9,1%, puxadas pela desvalorização do real ante o dólar e pela alta do preço das commodities no mercado internacional, que favoreceram os setores da agropecuária e do extrativismo mineral.
"A agropecuária também depende muito do clima. No ano passado, tivemos condições climáticas muito boas. E a gente tem bastante investimento nessa área", explicou a pesquisadora do IBGE Rebeca Palis. "Há bastante tempo nossa pauta exportadora é muito baseada em commodities. Então tanto a produção da agro, principalmente milho e soja, quanto a parte extrativa foram muito exportadas".
O que também contribuiu para o bom desempenho do setor externo foi a queda de 1,2% das importações, o que favorece positivamente o cálculo do PIB (soma de todos os bens e serviços produzidos no país).
Já a demanda interna foi puxada principalmente pelo aumento de 3,1% do consumo das famílias.
"Em 2023, continuamos com melhora no mercado de trabalho, crescimento da massa salarial real, aliado a medidas governamentais, ou seja, os programas de transferência de renda às famílias. Além disso, tivemos um arrefecimento importante da inflação média, que em 2023 ficou em 4,6%, contra 9,3% do ano de 2022", destacou Rebeca.
O consumo das famílias poderia ter crescido ainda mais se não fossem o elevado grau de endividamento dessas pessoas e o patamar da taxa básica de juros, a Selic, que ficou em média em 13% em 2023, acima dos 12,4% de 2022.
O consumo do governo cresceu 1,7% em 2023 e atingiu o maior patamar da série histórica do PIB, iniciada em 1996. Por outro lado, a formação bruta de capital fixo (investimentos) teve uma queda de 3% no ano, devido ao desempenho negativo dos investimentos em construção (-0,2%) e em máquinas e equipamentos (-9,4%).
Produção
Pelo lado do setor produtivo, a principal contribuição para o PIB nacional veio da agropecuária, que cresceu 15,1%, a maior variação desde 1996. A segunda atividade de maior impacto no PIB de 2023 foi a indústria extrativa mineral, com alta de 8,7%, principalmente devido ao desempenho do setor petrolífero.
Também houve destaque para o setor de eletricidade, água, gás e esgoto, que avançou 6,5%. Junto com o extrativismo mineral, este segmento sustentou o crescimento de 1,6% do setor industrial brasileiro, já que tanto a indústria da transformação quanto a construção tiveram quedas, de 1,3% e 0,5%, respectivamente.
Os serviços apresentaram crescimento médio de 2,4%, puxado principalmente pelas atividades financeiras, de seguros e de serviços relacionados (com alta de 6,6%). Os demais segmentos dos serviços apresentaram altas entre 0,6% (comércio) e 3% (atividades imobiliárias).
O PIB per capita cresceu 2,2% em 2023, de acordo com os dados divulgados pelo IBGE.
Trimestre
O crescimento de 2,9% no PIB, em 2023, que colocou a economia brasileira em seu maior patamar desde o início da série histórica (em 1996), pode ser explicado pelo desempenho do país no primeiro semestre, com altas de 1,3% no primeiro trimestre e 0,8% no segundo trimestre, em relação aos trimestres anteriores.
No segundo semestre, o Produto Interno Bruto manteve-se estável, sem altas ou quedas nos terceiro e quarto trimestres. (Da Agência Brasil)
Leia também:
> Siga a Rádio CCNEWSFM no Instagram
> Novo sistema FGTS Digital entra em vigor nesta sexta-feira (1)
> Economia brasileira cresceu 2,9% em 2023, segundo o IBGE
> Taxa de desemprego no Brasil é o menor desde 2015, diz IBGE
> Taxa de desemprego fica em 7,6% no tri encerrado em janeiro
> Receita paga hoje (29) restituições de lote residual do IR
> Gov quer contribuição previdenciária menor para municípios
> Empresas devem enviar os comprovantes para IR até hoje
> Haddad quer união internacional para taxar super-ricos
> Prévia da inflação oficial sobe para 0,78% em fevereiro
> Dívida Pública cai 1,08% em janeiro e fica abaixo de R$ 6,5 tri
TAGS: IMPORTAÇÕES | EXPORTAÇÕES | ECONOMIA | SETOR | EXTERNO