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Síria perdeu 83% de sua iluminação desde início do conflito.
Uma das áreas mais afetadas é a cidade de Alepo, que "perdeu 97% de suas luzes".
Em 12/03/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
A Síria perdeu 83% das luzes que iluminavam suas ruas e suas casas desde o começo do conflito no país, em março de 2011, segundo um relatório publicado nesta quinta-feira pela organização International Rescue Committe, presidida pelo ex-ministro britânico das Relações Exteriores David Miliband.
"Quatro anos depois que se iniciasse este conflito, a Síria ficou submersa na escuridão" e seus cidadãos se encontram "despossuídos, temerosos e afligidos pelos amigos e o país que uma vez conheceram e perderam", afirmou o político trabalhista.
Miliband considerou que "os sírios merecem um maior envolvimento da comunidade internacional" e que "por isso é o momento de demonstrar que estamos com eles para ajudar-lhes"
O estudo foi elaborado por pesquisadores da Universidade de Wuhan (China), e patrocinado pela campanha WithSyria, que reúne um total de 130 organizações humanitárias, entre elas o International Rescue Committe, que buscam uma solução ao conflito sírio.
Miliband, presidente da organização e irmão do atual líder do Partido Trabalhista britânico, Ed Miliband, alertou que "mais de 200.000 pessoas foram assassinadas e 11 milhões foram forçadas a abandonar seus lares".
Por sua parte, o doutor da universidade de Wuhan e coordenador da pesquisa, Xi Li, revelou que "as imagens feitas pelos satélites são a fonte de dados mais objetiva para mostrar a devastação na Síria".
"Tomadas a uma distância de 804 quilômetros, estas imagens ajudam-nos a entender o sofrimento e o medo experimentado pelos sírios a cada dia enquanto destroem tudo o que lhes rodeia", ressaltou Li.
O pesquisador destacou que uma das áreas mais afetadas é a cidade de Aleppo, que "perdeu 97% de suas luzes".
A coalizão WithSyria lançou um abaixo-assinado na internet que solicita aos líderes mundiais que "devolvam a luz à Síria".
Entre os objetivos que pedem está a priorização de uma solução política que respeite os direitos humanos, assim como que os países melhorem sua resposta humanitária.
Fonte: Exame/EFE